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Presidente venezuelano diz que Pokémon Go promove "cultura de morte"

27 jul, 2016 - 07:21

Nicolás Maduro deu como exemplos os recentes atentados terroristas no Afeganistão, França, Síria e Alemanha.

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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, considerou que o jogo virtual Pokemón Go faz parte da "cultura de morte" criada pelo capitalismo e que levou muitos jovens a integrarem-se em organizações terroristas.

"Há que abrir um debate sobre a geração de uma cultura que gera realidades virtuais, como a realidade do recente jogo Pokemón Go. A realidade virtual é matar e matar, a cultura da morte que tem criado o capitalismo", disse, durante o programa de rádio e televisão "Em Contacto com Maduro".

Para o Presidente, trata-se de "um tema muito sério" porque leva os jovens a estar muito tempo ligados à tecnologia.

"A penetração dos novos mecanismos da cultura da violência na juventude venezuelana e na mundial é um tema muito sério que aponta à individualização do ser humano, ligado só à tecnologia e, na tecnologia, ligado com realidades virtuais, que o leva à cultura das armas e do mau", disse.

O chefe de Estado propôs a realização de um debate no âmbito dos países membros da União de Nações da América do Sul (Unasul) "para partilhar experiências na luta pela cultura da vida, pela cultura do fazer, pela cultura do humano, porque a cultura da morte é um fenómeno mundial que está a roubar a infância, porque são os jovens, muitos jovens, os que estão a cometer assassinatos".

Como resultados desta "cultura da morte", Nicolás Maduro mencionou os recentes atentados terroristas no Afeganistão, França, Síria e Alemanha.

"As realidades virtuais das armas, da cultura da morte que tem criado o capitalismo, isso deve ser motivo de preocupação", sentenciou.

Comentários
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  • Luís M
    29 jul, 2016 Braga 11:27
    Na Venezuela de Maduro em vez da caça ao Pokemon há a caça ao papo seco.
  • João Galhardo
    27 jul, 2016 Lisboa 22:20
    Maduro tem razão, mas o problema está em como o entender, quando a imprensa, a televisão e as redes sociais fazem uma propaganda intensa contra a sua política e as suas opiniões. Faz lembrar este país sob o governo de Vasco Gonçalves. A propaganda e a forma deturpadora como foi visto pela comunicação social e analistas ignorantes, fez dele um inimigo desprezado. Para aqueles que não sabem analisar as políticas de Nicolás Maduro e aquilo que diz (e com razão) sobre o estúpido jogo do Pókemon, aconselho o caminho da inteligência, pois a falta desta normalmente dá em casmurrice da grossa.
  • Miguel Botelho
    27 jul, 2016 Lisboa 19:29
    Não é só a cultura de morte, promovida pelo sistema capitalista, mas também a cultura da estupidez. Com tanto que há para aprender e conhecer, do nosso país e da nossa cultura, jovens e adultos são seduzidos por jogos capitalistas que promovem o aborrecimento e, como disse e bem Maduro, a morte.
  • Vasco
    27 jul, 2016 Santarém 17:53
    Ora aqui estão duas coisas que pelos vistos combinam muito bem uma com a outra, o Pokémon e o Maduro, sugiro mesmo a caça ao Maduro aplicada no Pokémon, qual o mais inútil não sei mas por enquanto o mais nefasto parece ser o Maduro.
  • Eunice Ribeiro
    27 jul, 2016 Leiria 12:58
    O perigo dos cérebros invisíveis Assistimos impotentes à matança de inocentes, tanto na Europa, como fora da mesma. A regularidade dos ataques tem aumentado assustadoramente. O mundo mostra-se impotente! Hipoteticamente, há um cérebro, o DAESH, sim, parece que são eles! As bombas (crianças/jovens - detonadores) explodem por todo o lado. Eles nem sabem o que estão a fazer. Parece-me que adotam estas atitudes para demonstrarem que ainda estão vivos, pois, na sua maioria, são oriundos de famílias desestruturadas, não têm norte, sentem-se marginalizados, esquecidos, abandonados à sua sorte - a maioria dos estudos apontam para isso. Para eles, há um cérebro invisível que os comanda, o DAESH. Estou convencida que, para a maioria deles, o DAESH é algo que os manda matar, mas desconhecem as razões pelo qual o estão a fazer. Acho muito pertinentes as palavras do Presidente da Venezuela, pois, por aquilo que infiro, revelando total desconhecimento do jogo, o jogo do Pokémon Go também é semelhante, anda o mundo inteiro, comandado por um cérebro invisível a tratar dos Pokémons - tudo é virtual. São situações diferentes, dirão alguns, mas existe algo em comum - o tal cérebro invisível. No caso do jogo, ninguém o questiona, foi lançado pela Google e até têm o apoio das autoridades, mas uma coisa é certa, existe uma certa alienação neste jogo, tal como no caso dos desgraçados que são impelidos a matar, aqui, ali ou acolá. Será que estamos, definitivamente, caminhando para um mundo virtual? Há que debater, há que questionar! Ainda haverá algo a fazer? Ou deixamos o mundo real à sua sorte
  • Alberto Martins
    27 jul, 2016 Lisboa 10:45
    Não jogo o jogo virtual Pokemón Go. Não tenciono vir a jogar. Não que tenha algo contra o jogo que não tenho. Simplesmente não me atrai, é-me indiferente. Como dizia o Guedes "é coisa que não me assiste". Então conduzir o seu povo para a miséria e para a fome? Onde as pessoas travessam em massa descontrolada a fronteira entre a Venezuela e a Colômbia para encontrar comida De facto é preciso este maduro ter muita lata falta de vergonha e muita hipocrisia para vir falar em cultura da morte. Então o que ele está a fazer ao povo venezuelano é que é a cultura da vida?
  • Isabel
    27 jul, 2016 Lisboa 09:07
    E que tal se esta alma resolvesse os problemas que tem dentro de casa emigrando?
  • desatina carreira
    27 jul, 2016 queluz 08:40
    neste caso ele tem razao

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