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Vêm aí 48 horas de greve na saúde e só os médicos não aderiram

27 jul, 2016 - 07:19

Sindicato garante que haverá "perturbação nos serviços de tal modo que o Governo vai perceber que é preciso negociar as 35 horas para os trabalhadores com contrato individual".

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Na quinta e sexta-feira os trabalhadores da saúde vão estar em greve. Trata-se de uma paralisação convocada pelos sindicatos afectos às duas centrais sindicais - CGTP e UGT - em defesa da aplicação das 35 horas de trabalho no sector.

José Abraão, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, não tem dúvidas que o protesto vai afectar os utentes.

"As consultas externas hão-de sofrer perturbações, assim como nos blocos operatórios, mesmo nas urgências o tempo de espera no atendimento. Estou certo que haverá perturbação nos serviços de saúde de tal modo que o Governo vai perceber que é preciso negociar as 35 horas para os trabalhadores com contrato individual de trabalho", afirmou à Renascença.

De fora do protesto ficaram os médicos, mas ainda assim não vão conseguir trabalhar normalmente, afirma o sindicalista.

Os sindicatos exigem ainda “o pagamento de todo o trabalho extraordinário pelas percentagens originais e a admissão de pessoal", disse a coordenadora da CGTP, Ana Avoila, na conferência de imprensa feita no início de Julho, para anunciar a greve.

A redução do horário laboral na Função Pública, de 40 para 35 horas, entrou em vigor no dia 1 de Julho, mas em sectores sensíveis, como na saúde, a medida não teve efeito imediato.

Comentários
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  • Alexandra
    28 jul, 2016 Fundão 13:48
    Acho justo se mudaram a lei para funcionários públicos a 35h isso deve ser transversal a todos os setores. Quando em 2013 passaram todos os setores de atividade faziam 40h e o Tribunal Constitucional não se opôs, pois considera justo que todos trabalhem as mesmas horas pelo mesmo ordenado, agora passam-se para 35h e ganham o mesmo de quem faz 40h..... Já para não falar que com a redução não há contratação e recorrem cada vez mais aos ditos "POC", onde não há direitos, e os benefícios que se tiram é só pelo facto de não nos cortarem o desemprego, mas isso é outra matéria.
  • Ana
    27 jul, 2016 Alcobaça 11:09
    Srs. Enfermeiros, pessoal auxiliar.... Por favor pensem tb nas pessoas que estão doentes, que tanto sofrem e para as quais 2 dias de greve, 2 dias sem operações, 2 dias sem tratamentos, pode significar muito! Até a diferença entre a vida e a morte. Apelo à humanidade por favor!
  • Nuno
    27 jul, 2016 Houston 10:14
    Os medicos tem, desde 2011, um Acordo Colectivo de Trabalho de 40 horas. O recente restabelecimento das 35h nao inclui os medicos porque este acordo ja estava em vigor quando houve a passagem das 35 para as 40h em 2013. E obvio que os sindicatos nao iam avancar agora como uma greve de medicos contra um acordo que eles proprios assinaram. Mas claro que ha sempre quem nao perca uma oportunidade para malhar nos medicos, esse grupo de multi-milionarios que se passeia pelos corredores dos hospitais e centros de saude. (Desculpem a falta de acentos, teclado estrangeiro)
  • Helmarques
    27 jul, 2016 Lisboa 09:20
    É a governação por amizades, uns pagam o combustível ao preço de mercado, outros vão a fronteira meter mais barato, uns fazem 40 horas, outros fazem 35 horas, isto é para quem tem amigos....e quem tem amigos não morre a fome.
  • clovis
    27 jul, 2016 chelas 09:03
    Os srs doutores nao aderem pq a exorbitancia q Auferem provem em grande parte das horas extras pagas acima das 35hs. Nao sao tolos.

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