26 jul, 2016 - 22:54
“Queridos amigos, bem-vindos a Cracóvia”. Está oficialmente aberta a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na Polónia. Cerca de meio milhão de jovens marcaram presença na missa de abertura.
Ainda sem o Papa Francisco, que só chega à Polónia esta quarta-feira, a cerimónia foi presidida pelo arcebispo de Cracóvia, o Cardeal Stanisław Dziwisz, antigo secretário pessoal de João Paulo II.
“Chegou a hora que nós esperávamos há três anos. Vocês trazem muitas experiências, têm muitos desejos, falam muitas línguas. Mas partir de hoje nós vamos conversar no idioma do Evangelho. É uma língua de amor. É uma língua de fraternidade, solidariedade e paz. Bem-vindos à cidade de Karol Wojtyła - São João Paulo II. Nesta cidade ele cresceu para servir à Igreja, daqui partiu para percorrer os caminhos do mundo inteiro, para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Bem-vindos à cidade onde de modo muito especial podemos experimentar o mistério e o dom da Divina Misericórdia”, disse.
No início da celebração, as relíquias de São João Paulo II e de Santa Faustina, os padroeiros desta JMJ, foram levadas até ao altar, em procissão, bem como a Cruz da Jornada Mundial da Juventude, que foi entregue por jovens brasileiros aos polacos.
O dia em Cracóvia ficou também marcado pelo ataque a uma Igreja em Rouen, na França, que resultou na morte de um padre. Na saudação aos participantes, um porta-voz polaco recordou também este atentado.
Papa chega às 16h00
Francisco, que viaja pela primeira vez para o coração da Europa católica, à qual ainda não tinha prestado atenção por preferir aquelas que denomina de "periferias do mundo", vai transformar esta visita numa homenagem a João Paulo II, que como papa se deslocou nove vezes ao país natal.
O programa da 15.ª viagem do papa tem previstas várias cerimónias e pelo menos dez discursos em italiano. A chegada está marcada para as 16h00 (15h00 em Lisboa), no aeroporto João Paulo II, de onde partirá de imediato para o castelo de Wawel, onde se reunirá com as autoridades polacas e corpo diplomático.
A quinta-feira vai ser o dia de homenagem à tradição católica polaca, com uma missa no santuário de Jasna Gora, em Czestochowa, por ocasião dos 1.050 anos do baptismo na Polónia.
O dia seguinte - sexta-feira - vai ser marcado pela dor e pelo silêncio, durante a visita de Francisco aos campos nazis de Auschwitz e Birkenau, onde morreram 1,1 milhões de pessoas entre judeus, ciganos, homossexuais e prisioneiros de guerra.