26 jul, 2016 - 19:33
O Presidente da República francesa, François Hollande, reafirma que “a ameaça terrorista contra França e a Europa nunca esteve tão alta”.
Hollande fez uma breve comunicação televisiva esta terça-feira depois de mais um ataque, desta vez contra uma igreja. Um padre foi morto e outra pessoa ficou em estado grave antes dos dois atacantes, alegadamente leais ao autoproclamado Estado Islâmico, terem sido abatidos.
O Presidente rejeitou os apelos da oposição de direita e extrema-direita francesas para endurecer a legislação antiterrorismo após o ataque numa igreja, considerando que as leis aprovadas desde 2015 dão "capacidade para agir".
"Restringir as nossas liberdades, renunciar às nossas regras constitucionais não vai trazer mais eficiência à luta contra o terrorismo, mas vai enfraquecer a coesão necessária para a nossa nação", afirmou num discurso proferido no palácio presidencial e transmitido pela televisão francesa.
O chefe de Estado garantiu que o Governo executa e "vai aplicar com a maior firmeza as leis votadas e que deram à justiça, ao poder local e à polícia a capacidade de agir, reforçada pelo prolongamento do estado de emergência".
"Esta guerra vai ser longa. O nosso objectivo final é a nossa democracia", disse Hollande, sublinhando que França vai ganhar a guerra contra o ódio e o fanatismo.
Hollande decidiu também cancelar a viagem que tinha previsto a Praga.