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Volta a Portugal em bicicleta

A Volta mais dura para apadrinhar o regresso de FC Porto e Sporting

26 jul, 2016 - 18:00 • Joaquim Vieira, enviado da Renascença à Volta a Portugal em bicicleta

Dragões e leões regressam ao ciclismo para trazer um "mar de gente" às etapas. Gustavo Veloso em busca do "tri" é o candidato dos candidatos no ano em que a etapa rainha não termina na Torre e em que será assinalado o "adeus" de Rui Sousa às estradas.

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O regresso de FC Porto e Sporting à roda viva do ciclismo nacional será, por certo, um dos maiores atractivos da 78ª edição da Volta a Portugal em bicicleta. Há muitos anos que os dois “grandes” do desporto nacional não se envolviam no calendário velocipédico nacional e, este ano, associam-se a equipas com pergaminhos e história no ciclismo.

Os dragões formaram parceria com a W52, que tem dominado a Volta nos últimos anos, ao passo que os leões se ligaram aos algarvios do Tavira.

Estas serão duas formações que irão trazer mais público às estradas. Nas partidas de cada etapa, certamente mas sobretudo nas chegadas, com maior assistência junto à meta. Os corredores serão brindados com um mar de gente que colorirá ainda mais o final de cada jornada da prova.

Volta com 1618 quilómetros de dureza

A Volta deste ano será a mais longa dos últimos cinco anos, com um percurso que ultrapassa os 1600 quilómetros de estrada. É, por isso, mais dura e mais exigente.

O trajecto, esse, terá uma principal novidade na etapa rainha, com a mítica subida à Torre, na Serra da Estrela. Desta feita, o pelotão não concluirá o dia no ponto mais alto de Portugal Continental mas passará por duas vezes pela Torre, em dois prémios de montanha de categoria especial.

Apesar da dureza da tirada, não se perspectiva que haja vencedor tão cedo na Volta (sexta etapa). A realidade, porém, é que a dificuldade do dia possa afastar muitos candidatos da luta final pela camisola amarela.

Gustavo Veloso, o candidato dos candidatos

Das 18 equipas em prova, não acredito que qualquer formação estrangeira possa ver-se envolvida na disputa pela vitória. O triunfo será de um dos conjuntos portugueses, com a W52-FC Porto à cabeça.

Os dragões têm no grupo o galego Gustavo Veloso, vencedor das duas últimas edições da Volta e que se assume como o candidato dos candidatos a conquistar o “tri”.

Quanto ao Sporting, o italiano Rinaldo Nocentini, “chefe de fila”, será também um dos candidatos a vestir de amarelo em Lisboa, a 7 de Agosto.

O espanhol Alejandro Marque (EFAPEL), que ao serviço da W52-Quinta da Lixa também já venceu a Volta, está igualmente na linha da frente dos favoritos. O mesmo sucede com o mais sério candidato português: Joni Brandão, que lidera a EFAPEL e que na Volta de 2015 foi o melhor luso, concluindo a competição no segundo lugar da geral.

O "adeus" do autarca Rui Sousa

A edição 78 da principal prova velocipédica nacional assinala, por outro lado, a despedida de Rui Sousa. O veterano autarca de Barroselas, que actua pela Rádio Popular-Boavista, é um ilustre destas andanças, respeitado por todo o pelotão. Eterno conquistador de pódios, não conseguiu todavia qualquer vitória final na Volta.

Prólogo de abertura. Atenção a Rafael Reis

A prova arranca em Oliveira de Azeméis, com um prólogo que compreende um contrarrelógio citadino de 3,6 quilómetros.

Neste “crono”, um nome salta desde já à vista. Rafael Reis (W52-FC Porto), especialista na matéria - terceiro no campeonato nacional de contrarrelógio deste ano - é a grande aposta do director-desportivo Nuno Ribeiro para vencer a tirada e dar liderança aos azuis e brancos logo na abertura da Volta.

A 78ª edição da Volta a Portugal vai ser disputada entre quarta-feira, em Oliveira de Azeméis, e 7 de Agosto, em Lisboa. Acompanhamento a par e passo na antena da Renascença e em rr.sapo.pt.

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