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Comité Olímpico não vai banir atletas russos e remete decisão para federações

24 jul, 2016 - 14:48

Relatório McLaren demonstrou a existência de um esquema organizado de doping na Rússia, com apoio estatal e colaboração dos serviços secretos russos.

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O Comité Olímpico Internacional (COI) não vai banir a equipa russa de atletismo de competir nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, nem vai suspender o Comité Olímpico Russo. A notícia foi avançada este domingo pela agência de notícias russa Tass e já foi confirmada pelo COI.

A decisão final de banir atletas apanhados nas malhas do "doping" fica nas mãos das federações internacionais das modalidades.

A decisão do COI é conhecida dias depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter proibido os atletas de competir na prova, que se realiza no próximo mês, no Rio de Janeiro.

O ministro russo do Desporto já se congratulou pelo anúncio do Comité Olímpico Internacional e espera uma boa prestação dos atletas do seu país no Rio de Janeiro.

O problema do “doping” no desporto é um problema mundial e não apenas da Rússia, declarou Vitaly Mutko.

Já o presidente do Comité Olímpico russo, Alexander Zhukov, disse que a decisão do COI foi tomada por unanimidade e é uma das “mais difíceis” da história do movimento olímpico.

Adiantando-se à decisão do COI, o Comité Olímpico Russo (COR) tinha apresentado na quarta-feira a lista dos 387 atletas que competem nos Jogos Olímpicos.

"A lista da delegação russa está constituída. Os atletas competem em 30 modalidades", revelou o presidente do COR, Alexandre Joukov, citado pelas agências noticiosas russas.

A lista inclui 68 atletas que apresentaram recurso junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), quanto à exclusão colectiva imposta pela Associação de Federações Internacionais de Atletismo (IAAF). Em causa estão, segundo a IAAF, violações ao código antidopagem e à carta olímpica.

A lista apresentada surge face às acusações que vieram a público no relatório McLaren, relatório independente que demonstrou a existência de um esquema organizado de doping na Rússia, com apoio estatal e colaboração dos serviços secretos russos.

A organização funcionou, de acordo com o relatório, de 2011 a 2015 e envolveu atletas de 30 modalidades. Terá ajudado, inclusivamente, pelo menos 15 atletas a ganhar medalhas nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014.

[notícia actualizada às 16h34]

Comentários
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  • tiro no pé
    25 jul, 2016 Santarém 22:19
    Decisão de cobardes! Já nos tempos da defunta URSS esses países utilizavam atletas nesse estado para assim transparecerem cá para fora a força e os valores do comunismo uma vez que não o conseguiam de outra forma.
  • Santos
    24 jul, 2016 Lisboa 21:13
    Mas, porque é que haviam de banir os russos? Será que eles se dopam mais que os americanos e outros? Que se saiba o único tipo que foi apanhado num esquema de dopagem altamente sofisticado foi um americano, o Armstrong, que ganhou 7 voltas França, graças ao doping. Deixem lá os russos em paz, párem com a guerra fria, que já devia ter acabado há 25 anos atrás e façam controles antidoping sistemáticos, a sério, pelo menos a todos os que ganham medalhas, para não ficarem dúvidas.
  • AM
    24 jul, 2016 MG 18:33
    COI, brilhante decisao tal como Pilatos. Ate eu um simples mortal acredito que nao existe desporto limpo.
  • Tripé
    24 jul, 2016 Porto 16:11
    Cobardes!

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