24 jul, 2016 - 00:04
Mário Soares é um homem e um político “livre como um passarinho”, afirmou este sábado o primeiro-ministro, António Costa.
Os 40 anos do 1.º Governo Constitucional de curta duração, recordou António Costa, foram o pretexto para a homenagem a uma longa vida do homem e sobretudo do político, Mário Soares.
“Tem sido uma vida longa na resistência à ditadura, na forma como soube defender a revolução das ameaças à liberdade, longa na capacidade que teve de assegurar o fim do colonialismo e a nossa integração na União Europeia, na capacidade que teve de consolidar a nossa democracia e de garantir a reconstrução económica do país”, disse o primeiro-ministro numa homenagem que juntou cerca de 200 pessoas.
António Costa recordou que quando o seu primeiro executivo caiu no Parlamento, Mário Soares declarou que se sentia “livre como um passarinho”. E foi essa a explicação para escolher os jardins da residência oficial para esta homenagem.
“Um jardim cheio de árvores, ele que é um grande amante das árvores porque, no fundo, são as árvores que permitem aos passarinhos serem livres e é essa a grande definição do Dr. Mário Soares. Será sempre um passarinho em liberdade. Muito obrigado”, concluiu o chefe do Governo.
Mário Soares chegou ao Jardim de São Bento apoiado no braço de Marcelo Rebelo de Sousa, que não ficou para assistir à cerimónia, mas que quis marcar presença.
O antigo primeiro-ministro e Presidente da República, de 91 anos, foi aplaudido de pé. Foi sentado ao lado dos filhos e do neto que ouviu as palavras de António Costa, mas também de Rui Vilar, ministro dos Transportes do seu primeiro Governo, e de Pinto Balsemão, outro ex-primeiro-ministro e amigo.
Ramalho Eanes, Pedro Passos Coelho, Pedro Santana Lopes, Manuel Alegre e Eduardo Lourenço foram algumas das personalidades que marcaram presença. Jorge Sampaio esteve ausente por motivos de saúde. Cavaco Silva, que este sábado foi homenageado ao almoço, não marcou presença.