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Mohamed Bouhlel. O tunisino suspeito do atentado de Nice

15 jul, 2016 - 13:20

Tinha 31 anos e trabalhava como motorista de uma empresa de entregas. Terá estado pela última vez na Tunísia há quatro anos.

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Fogo-de-artifício, tragédia e o dia seguinte. O relato de um português em Nice
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Mohamed Lahouaiej Bouhlel é o nome completo do principal suspeito do atentado levado a cabo esta quinta-feira em Nice.

A alegada identificação deste tunisino encontrava-se no interior do camião que abalroou a multidão presente na Promenade des Anglais.

Tinha 31 anos e trabalhava como motorista de uma empresa de entregas. Terá estado pela última vez na Tunísia há quatro anos.

O suspeito era conhecido da polícia francesa por pequenos crimes que cometeu, mas não se encontrava sob suspeita das agências que fazem a vigilância e combate terrorista.

Segundo o ministro da Justiça francês, Jean-Jacques Urvoas, o motorista do camião foi condenado a seis meses de pena suspensa “na sequência de uma luta durante um acidente de trânsito” quando atirou uma palete contra outro condutor.

A sua casa foi revistada esta sexta-feira de manhã pela polícia francesa, onde foi apreendido “o computador e vários equipamentos telefónicos que estão a ser analisados”, explicou o procurador de Paris, François Molins. Alguns dos familiares foram presentes a interrogatório.

O camião foi alugado esta segunda-feira em Saint-Laurent-du-Var e devia ter sido devolvido até quarta-feira. No seu interior foram encontradas várias armas (uma 7.65, uma automática, uma Kalachnikov e uma M16), uma granada, oito paletes vazias e uma bicicleta.

Os serviços de segurança franceses estão a apurar qual a magnitude pretendida pelo terrorista com este ataque, tendo em conta que foram encontradas armas e munições na parte de trás do camião.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, referiu que as autoridades francesas estão a trabalhar na identificação do terrorista e determinar se ele tinha ajuda: “Vamos em primeiro lugar determinar se ele teve cúmplices. Estamos a lutar com todos os nossos meios para identificar o suspeito. Esta informação será divulgada pelo Ministério Público quando houver certezas”.

O condutor do camião disparou várias vezes sobre três polícias e percorreu 300 metros até ser neutralizado.

Uma fonte policial presente no local do atentado referiu que o camião “mudou de rota pelo menos uma vez”. A fonte acrescentou que o terrorista “procurou fazer o máximo de vítimas”.

Wassim Bouhel, outro dos polícias presentes no local, disse à televisão francesa iTele que o camião percorreu o trajecto em ziguezague: “Quase que morremos. Parecia uma alucinação. Com o camião em ziguezague não sabíamos para onde ele ia”.

[Notícia actualizada às 17h50]

Comentários
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  • Petervlg
    15 jul, 2016 Trofa 16:57
    por mais que se diga que o Trump é tolo, ele começa a ter razão
  • Alberto
    15 jul, 2016 Porto 16:23
    O titulo refere "... suspeito ...". Mas, o assassino não foi morto pela polícia durante o ataque? Se sim, não é suspeito!!!
  • Paulo C.
    15 jul, 2016 Açores 15:12
    A solução é simples: bombardeamentos massivos dia e noite no Iraque e na Síria até esgotar bombas e mísseis. Os que estão na Europa, mandar estes monstros para o deserto para o calor fazer o resto. Chega de tanto terror e fanatismo!
  • 15 jul, 2016 15:11
    é urgente criar um campo de acolimento na margem africana para refugiados no mediterràneo , todos os refugiados do barco devem ser enviados para lá
  • Carlos
    15 jul, 2016 Gaia 14:48
    Obrigar "franceses" com origens estrangeiras a identificar qual o país das suas origens.caso não o façam, retirar a nacionalidade francesa, mesmo tendo nascidos na França. independentemente der ser de origem portuguesa, polaca ou de origem islâmica, etc. e colocar o estatuto de refugiado ou ilegal. A partir daí sabem qual a verdadeira nacionalidade deles e, todos esses que se manifestar verbalmente, ativamente a favor dos atentados ou qualquer outro acto terrorista, etc , expulsar imediatamente do país e colocar no país de origem e se tiver de os colocar na Síria, assim seja. A liberdade de expressão tem de ser limitada. Esses franceses disfarçados não interessa a ninguém. Ou se identifica totalmente com o país ou então deixam. Isto é válido para todos os países.

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