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Ministro do Ensino Superior expressa "repúdio total" pelas praxes

08 jul, 2016 - 13:26

Há dias, 100 personalidades subscreveram uma carta aberta intitulada "Integração no Ensino Superior: a democracia faz-se de alternativas" dirigida a todas as instituições de ensino superior.

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O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, expressou esta sexta-feira, em Braga, o seu "repúdio total" pelas praxes académicas, "qualquer que seja a sua forma", e apelou a um "combate cerrado" a esse tipo de práticas de recepção ao caloiro.

"É uma das maiores pragas que temos de combater", referiu Manuel Heitor, que falava na Universidade do Minho, na abertura de um seminário sobre "Organização e desenvolvimento do ensino superior".

O governante manifestou o seu apoio "a todos aqueles que se têm batido contra a prática de praxes académicas e outras práticas boçais e grosseiras que continuam a ocorrer no contexto do ensino superior em Portugal".

Há dias, 100 personalidades subscreveram uma carta aberta, intitulada "Integração no Ensino Superior: a democracia faz-se de alternativas" e dirigida a todas as instituições de ensino superior, em que pedem alternativas à praxe.

Vincando o "repúdio total pelas praxes académicas, qualquer que seja a sua forma", Manuel Heitor adiantou que vai escrever a todos os responsáveis pelas instituições de ensino superior a pedir "um combate cerrado" àquelas práticas.

Para o ministro, terá de haver uma "co-responsabilização" das instituições, "não só dentro das instalações mas de uma forma geral", por se tratar de "um processo social complexo, que tem de ser percebido e combatido diariamente todos os anos".

" [As praxes] devem ser combatidas por todos, estudantes, professores e, muito especialmente, por todos os responsáveis por instituições politécnicas e universitárias, independentemente do local da ocorrência", defendeu.

Sublinhou que o sistema de reporte de praxes está acessível na Direcção Geral do Ensino Superior e que todos os processos serão enviados para o Ministério Público. "Porque hoje temos de considerar isso como um crime", acrescentou.

Já o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António Cunha, defendeu que as universidades "têm de ser espaços de liberdade" e instituições "comprometidas com os valores humanistas".

"Ninguém pode ser obrigado a fazer o que não quer fazer", afirmou António Cunha, também reitor da Universidade do Minho.

Para Cunha, as universidades "têm de reagir a comportamentos e práticas que perturbem as demais actividades e que sejam atentatórios da dignidade humana e dos valores humanistas".

Comentários
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  • Teresa
    08 jul, 2016 Lisboa 14:46
    A minha filha está a terminar o estágio, fez 3 anos em 3 anos, nunca chumbou a nenhuma cadeira, nunca teve que fazer nenhum exame, tem óptimas notas e não pôde trajar, enfim o traje académico só o pode vestir quem tenha paciência de beber todos os copos das quintas feiras negras e como ela não o fez foi "julgada" por quem anda na faculdade à 5 ou 6 anos, sem conseguir terminar e que julgam ser os donos e senhores poderosos. Para mim a conclusão é simples o traje é apenas para os maus alunos o que quer dizer que são valorizados apenas e só os maus alunos... o traje e a queima das fitas são apenas pretexto para beberem mais pois queimam as fitas e trajam ser terem sequer as disciplinas feitas o que considero estarem os valores estão todos ao contrário.
  • DRXICO
    08 jul, 2016 LISBOA 14:34
    Tolerância ZERO aos atrasados mentais que por cobardia humilham os caloiros. Dai haver mortes e pessoal a dar entrada nos hospitais pk das praxes?? académicas?. Passar a ser crime publico com pena de prisão efectiva.

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