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Unidade de cuidados continuados recém-inaugurada foi encerrada por falta de condições

01 jul, 2016 - 18:29

Casa de Saúde de Albergaria-a-Velha também tinha um lar de idosos ilegal, que foi encerrado. Dezenas de utentes foram transferidos.

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Foi encerrada uma unidade de cuidados continuados, subsidiada pelo Estado, que tinha sido inaugurada no final do ano passado em Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro.

As autoridades de saúde concluíram que a Casa de Santo António funcionava sem condições de higiene e faltavam medicamentos.

O quadro de pessoal também estava muito reduzido porque vários profissionais têm vindo a sair nos últimos meses devido a salários em atraso.

Três dezenas de utentes tiveram de ser transferidos pela Segurança Social de Albergaria-a-Velha para Coimbra.

Mas os problemas não ficam por aqui. A Casa de Saúde de Santo António também possuía um lar ilegal com 44 idosos, que foram encaminhados para outros lares de Aveiro ou para a casa de familiares.

Lacerda Pais, presidente da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social do distrito de Aveiro, apoiou a transferência apesar das dificuldades em encontrar vagas.

A administração da Casa de Saúde de Santo António negou nos últimos dias que o encerramento estaria em vias de acontecer. Esta sexta-feira, confrontada com a retirada dos utentes, remeteu-se ao silêncio.

A unidade faz parte do grupo Sanus que integra várias empresas ligadas ao sector da saúde na região Centro.

Comentários
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  • Nuno Duarte
    02 jul, 2016 Porto 06:02
    "O SNS tem condições para prestar aos portugueses, tenham ou não contribuido"??!! NL a segurança social quase que não tem condições para pagar aos seus funcionários quanto mais para pagar a nunca descontou, nunca trabalhou! Meu caro, Deus não tem nada a haver com a segurança social. Que toda a gente deve ser tratada com dignidade, claro que sim! Mas a pessoa que passou a vida toda sem fazer descontos, sem contribuir em nada para a dignidade alheia, nao pode ter os mesmos direitos e a mesma qualidade de vida do meu pai, que trabalhou duro durante mais de 40 anos!!
  • André
    01 jul, 2016 Lisboa 22:21
    Muitos destes serviços concessionados a privados, apostam em poupanças com o pessoal (vários lares e até serviços médicos, apostam em voluntariado) para poderem ter lucro e conseguindo apresentar valores baixos. Quando a quantidade de pagantes do lado dos privados começa a descer, quem sofre primeiro são os que estão lá pelo SNS. Sempre foi assim. Para cumprirem o que é pedido, vale tudo. Depois de terem autorização para abrir, há que maximizar os lucros. Depois, dantes, bastava pagar a um membro do partido local, ligado ao governo e as fiscalizações passavam ao lado. Agora, a coisa complicou-se pois a fiscalização é feita por um serviço central e as distritais da segurança social, passaram a só ser informadas já a fiscalização está em curso. E já é o 7 em 6 meses a fechar as portas.
  • santos
    01 jul, 2016 chaves 20:20
    Tambem em chaves aconteceu isso
  • NL
    01 jul, 2016 Ermesinde 19:23
    A Deus o que é de Deus.. O SNS tem condições para prestar aos portugueses, tenham ou não contribuido para a SS, as condições para serem tratados como seres humanos. Embora isto não seja uma opção do PSD/CDS, é um imperativo perante Deus e a dignidade humana.

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