29 jun, 2016 - 14:59
Uma G3, várias pistolas glock, carregadores de kalashnikov, shotguns e carabinas são algumas das armas apreendidas na segunda-feira pela Polícia Judiciária, numa investigação que culminou com 11 detenções por tráfico de armas.
Em conferência de imprensa, o director da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da PJ, Luís Neves, disse que a operação decorreu nos distritos de Leiria, Lisboa (concelhos de Sintra, Amadora e Loures), Setúbal e Évora, tendo a PJ realizado várias buscas domiciliária e não domiciliárias e dado cumprimento a seis mandados de detenção do Ministério Público de Loures.
Outras cinco pessoas foram detidas em flagrante delito.
Dos 11 detidos, dois foram libertados, por entendimento do Ministério Público, devido ao tipo de objectos que possuíam e ao tipo de participação, precisou.
Os detidos vão ser presentes esta quarta-feira ao tribunal de Loures, disse.
"Dos 11 detidos, há pessoas directamente ligadas ao tráfico e outras apenas a posse", sublinhou Luís Neves, acrescentando que na operação foram também identificados alguns dos compradores.
Segundo Luís Neves, a investigação iniciou-se há mais de um ano com um "pequeno episódio" - a venda de uma arma - e não dava a entender a dimensão do tráfico de armas em causa.
"Não se trata aqui de posse de armas ilegais, trata-se de tráfico de armas" devido ao vasto conjunto de armas de fogo, com distintos calibres (armas curtas e compridas), bastantes munições apreendidas de diversos calibres, silenciadores, miras telescópicas, armas de guerra", indicou o director da UNCT da PJ, sublinhando tratar-se de armas usadas que são utilizadas para crimes violentos.
No total foram apreendidas perto de 9.000 munições, entre as quais balas perfurantes e de fragmentação.
Entre as armas apreendidas conta-se uma arma de guerra semiautomática com carregador do tempo da II Guerra Mundial.
Os detidos, todos de nacionalidade portuguesa, têm idades entre os 20 e os 50 anos, disse o director da UNCT.
Questionado sobre se entre os detidos havia armeiros, Luís Neves disse que não, acrescentando que o que há "é um conjunto de pessoas já com antecedentes criminais neste tipo de crime".
Acrescentou que os detidos são pessoas que se dedicam ao "comércio e venda de objectos e coisas que não o material apreendido".