27 jun, 2016 - 18:24
O primeiro-ministro, António Costa, olha para os dados da execução orçamental e conclui que Portugal não vai precisar de um plano B nem de medidas adicionais para cumprir as metas do défice.
Nas Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem em Ponta Delgada, Açores, António Costa fez a defesa do rumo da política económica e financeira do Governo.
“A evolução de Abril e de Maio não só confirmam aquilo que foram os resultados do primeiro trimestre como demonstrarão que a evolução da despesa, em particular das despesas críticas como os consumos intermédios ou despesas com pessoal, estão a crescer abaixo daquilo que estava orçamentado.”
O primeiro-ministro destacou que “a receita fiscal, não obstante a dificuldade de a economia ter um relançamento mais forte, continua a subir em linha com o que estava projectado no Orçamento”.
“Portanto, temos todas as condições para, com confiança, olharmos para o futuro da execução orçamental de 2016 dizendo: não há plano B, não há medidas adicionais, há é rigor e firmeza na execução orçamental”, sublinhou António Costa.
O défice orçamental caiu 453 milhões até Maio, comparando com igual período de 2015. Atingiu 395 milhões de euros nos primeiros cinco meses do ano.
Um comunicado do Ministério das Finanças indica que este défice representa 7,2% do previsto para o ano, quando em 2015 representava 18,5% do défice anual.
As razões avançadas pelo Governo são um crescimento da receita em 1,6% e a “estabilização da despesa”, em 0,1%.
As receitas fiscais cresceram 2,7%. As contributivas aumentaram 3,8% “em resultado sobretudo do crescimento das contribuições e quotizações para a Segurança Social”.