25 jun, 2016 - 00:10
Transição ofensiva
Rápida, criteriosa, vertiginosa e eficaz a toda a linha. Ou seja, com aproveitamento total da largura e profundidade do terreno. Com um meio-campo em que Badelj é um recuperador e um desarmador ávido e raçudo, o “farol” de Modric e a criatividade e visão de jogo de Rakitic fazem o resto. Brozovic (mais interior) e Perisic (mais exterior mas com a mira apontada à baliza) desequilibram nas alas e, lançados em velocidade, são letais.
Momento ofensivo
O triunfo do futebol de posse – o verdadeiro, sem “rodriguinhos” ou excessos – com o objectivo de finalizar. Sem tretas. Uma selecção que subtrai de forma constante a bola aos espanhóis não é uma equipa qualquer. Tem executantes que tratam o esférico por “tu”, com técnica apurada e visão de jogo, essenciais para o aproveitamento das constantes trocas posicionais e desequilíbrios no 1x1 dos homens mais adiantados. A bola está sempre em circulação e quase exclusivamente em progressão. Penetrar entrelinhas é com eles.
Transição defensiva
Célere reacção à bola perdida, com bom povoamento e recuo em bloco em acompanhamento ao adversário. Avessos a conceder espaços pelo meio, são mais permeáveis (mas não muito mais) pelos corredores. O lado direito da defesa é o mais apurado, digamos, com o veterano capitão Srna ainda para as curvas.
Momento defensivo
A definição da última linha de defesa para a baliza de Subasic pode, no papel, parecer o lado mais fraco da equipa de Ante Cacic. Mas tem vindo a melhorar, apesar de haver ainda alguma coisa a explorar pelos oponentes, nesta matéria. À experiência de Srna, Corluka ou Vida retira-se o peso das pernas à medida que os anos passam. A Croácia, registe-se, só não sofreu golos com a Turquia, na fase de grupos.
Esquemas tácticos (bolas paradas)
Em lances de bola parada frontais, há três referências com eficácia assinalável: Srna, Modric ou Rakitic. Ao nível dos esquemas tácticos laterais, a média de 1m85 da equipa e o 1m92 da referência Corluka podem fazer estragos.
A figura: Luka Modric
“Lucky Luka”, em homenagem à eterna figura da banda desenhada (Lucky Luke), é um dos epítetos do expoente máximo do futebol croata moderno. À pequenez do tamanho (1m72) acrescenta a exploração do centro de gravidade baixo nos duelos individuais, a qualidade de passe, a visão de jogo, a velocidade e agilidade para surgimento em zonas de finalização. Ao facto de ter já entrado nos “30’s”, soma a constante frescura física e uma leitura de jogo digna dos melhores génios da história do futebol mundial. Numa palavra: cerebral.
ONZE PROVÁVEL DA CROÁCIA FRENTE A PORTUGAL
SELECCIONADOR: ANTE CACIC