24 jun, 2016 - 08:05
As memórias das duas caixas negras do Airbus da Egyptair que se despenhou no Mediterrâneo há um mês estão "danificadas" e vão ser reparadas em França a partir da próxima semana, anunciou a comissão de inquérito egípcia.
Apenas as análises dos registos de voo poderão revelar as causas da queda do A320 que caiu no mar com 66 pessoas a bordo, incluindo 30 egípcios, 15 franceses e um cidadão português, após ter desaparecido subitamente dos ecrãs dos radares, na noite do passado dia 18 de maio.
"As memórias dos dois registos de voo estão danificadas", afirmou a comissão em comunicado. "A comissão de inquérito desloca-se a França na próxima semana com os circuitos eléctricos das duas caixas negras para as reparar no laboratório do Gabinete de inquéritos e Análises (BEA) e eliminar os depósitos de sal", acrescenta o texto.
Após a reparação, as memórias serão "reenviadas para o Cairo onde deve ser efectuada a análise de dados em laboratórios do ministério da Aviação civil", segundo o mesmo texto.
O "Cockpit Voice Recorder (CVR), que assinala as conversações no 'cockpit', e o 'Flight Data Recorder' (FDR), que regista todos os parâmetros de voo, foram recuperados "em fragmentos" na semana passada pelo "John Lethbridge", um navio da companhia francesa Deep Ocean Search (DOS).