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Milhares na rua em defesa da escola pública

18 jun, 2016 - 16:51

Manifestação decorreu em Lisboa e juntou pessoas vindas de todo o país.

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“Escola pública é de todos, a privada é só de alguns”, “o Governo do Estado não pode ir para o privado” foram alguns dos slogans gritados por milhares de pessoas que marcharam entre a praça Marquês de Pombal e o Rossio, em Lisboa, para defender uma escola pública de qualidade.

Algumas das personalidades que subscreveram a petição em defesa da escola pública que foi entregue na Assembleia da República subiram ao palco montado no local e fizeram intervenções sobre os motivos que os trouxeram à rua.

Entre os oradores constam a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e a antiga secretária de Estado da Edução Ana Benavente.

Na intervenção inicial, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, salientou que esta iniciativa "não é uma marcha contra ninguém, nem contra os colégios privados, é uma iniciativa pela defesa da escola pública, que tem sido maltratada". Mário Nogueira disse que o ensino público tem sofrido um desinvestimento nos últimos anos, sobretudo nos 4 anos de Governo PSD/CDS.

Os manifestantes empunharam cartazes que deram colorido à praça e reforçaram o apelo à defesa da escola pública.

A marcha foi promovida principalmente pela Fenprof, convocada no final de Maio, numa altura em que os colégios privados, com contrato de associação, se desdobravam em acções diárias para contestar a anunciada redução do número de turmas financiadas pelo Estado em estabelecimentos particulares, a partir do próximo ano lectivo.

A petição em defesa da escola pública, que a Fenprof entregou na Assembleia da República, e que teve entre os primeiros subscritores nomes como os músicos Sérgio Godinho, Fausto e Pedro Abrunhosa, o poeta Manuel Alegre, a autarca Helena Roseta, a historiadora Raquel Varela ou o catedrático Santana Castilho, reuniu mais de 71 mil assinaturas.

Comentários
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  • José
    20 jun, 2016 Braga 15:00
    Existem muitos edifícios do Estado desactivados, em boas condições, bem como, existem muitos professores no desemprego. O custo na escola pública, por norma, deverá ser inferior, uma vez que as turmas são maiores, logo menos professores. Por outro lado, eu pergunto, se existem escolas públicas, com salas vazias, professores do quadro com horário zero, auxiliares do quadro, pessoal da secretária, e todas as infraestruturas que comportam uma escola … Eu pergunto, o que se vai fazer, despedir gente do quadro e demolir escolas públicas, e financiar o “privado”…
  • Maria
    19 jun, 2016 Soure 00:23
    Devem querer mais escolas com torneiras de 500€ e candeeiros de 700€! Adorei o Sexta às 9 de 17/6.
  • isa
    19 jun, 2016 lx 00:04
    "é uma iniciativa pela defesa da escola pública, que tem sido maltratada"palavras sábias estas deste Mário Nogueira, só faltou acrescentar que é o mesmo que está a destruir a escola publica, encabeçando um sindicado paupérrimo e ultrapassado. Eles deviam de ter feito uma manifestação para expulsar este sindicalista da treta e lutar por uma escola publica com docentes que efectivamente se preocupassem com ela....mas claro isso nao interessa, o importante é o circo montado pela Frenprof e seus associados de pouca qualidade
  • antonio
    18 jun, 2016 Portugal 22:38
    o imperador nogueira a defender um governo em lugar de defender os professores. assim vai o sindicalismo.
  • joão
    18 jun, 2016 lisboa 17:23
    Ou me escapou qualquer coisa... mas a escola pública estava ameaçada...? Querem fechar as escolas públicas..?
  • rattus
    18 jun, 2016 fernão ferro 17:22
    BOA!!!!

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