Tempo
|
A+ / A-

Autoeuropa. Segunda maior exportadora nacional perde um quinto das encomendas este ano

31 mai, 2016 - 17:38 • João Carlos Malta

Administração da unidade de Palmela garante postos de trabalho e fala de um período de "transição para o crescimento a partir do segundo semestre de 2017".

A+ / A-

A Autoeuropa terá este ano menos 19% de encomendas do que no ano passado. A subsidiária portuguesa da Volkswagen é o segundo maior exportador nacional a seguir à Galp e vale quase 4% das vendas nacionais para o exterior.

Serão menos cerca de 20 mil carros a sair este ano de Palmela. Esta grande quebra na procura levou a que a administração, em colaboração com a comissão de trabalhadores, encontrasse um novo modelo de gestão para os últimos quatro meses do ano. No ano passado, a Autoeuropa fez sair de Palmela 102.250 unidades.

“O volume de encomendas previsto desde o início do ano representa uma redução de 19% face ao ano anterior, concentrada no segundo semestre”, escreve a empresa em comunicado.

O primeiro-ministro, António Costa, justificou a quebra das exportações no primeiro trimestre deste ano em relação ao período homólogo do ano passado com a redução das vendas para o exterior da Autoeuropa e da Galp.

A administração e os trabalhadores acordaram a redução do volume diário de trabalho e a respectiva reorganização da produção num único turno a partir de Setembro, sem dias de paragem colectiva adicionais.

A Autoeuropa continua a garantir que esta solução “permitirá a manutenção do emprego e do rendimento dos colaboradores, sem colocar em causa a produtividade da unidade de Palmela”.

Até ao momento, a Volkswagen Autoeuropa já efectuou 20 dias de paragem colectiva (“down days”), estando previstos mais dois dias de paragem no actual
modelo de produção em dois turnos.

A Volkswagen Autoeuropa encontra-se ainda em contacto com os fornecedores, procurando minimizar o impacto desta alteração no seu funcionamento.

A unidade de Palmela sublinha que este período é uma transição para o crescimento a partir do segundo semestre de 2017, altura em que arranca o novo modelo que relançará a fábrica portuguesa da Volkswagen. O início da produção das primeiras unidades de pré-série irá coincidir com a passagem a um turno.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • RV
    01 jun, 2016 Aveiro 07:18
    Para aqueles que não conhecem a realidade da AE, ela fabrica automóveis, incluindo toda a chaparia, soldadura, pintura e montagem, e a maior parte dos componentes são nacionais, sendo os mais volumosos produzidos dentro do parque industrial da AE. Motores e caixas de velocidades são importados das poucas fábricas do grupo VW que produzem para todo o grupo. Lamento que em Portugal não existam mais fábricas como a AE, quer ao nível de rendimento que geram no país, quer ao nível a gestão e recursos humanos.
  • trestetas
    01 jun, 2016 setubal 01:04
    Claro que o senhor Jorge tem toda a razão!! Mas sabem essas peças estruturas e outros!! Vejamos a VW em 1994 fabricou durante 3 anos no mínimo viaturas com defeitos na estrutura nomeadamente na cava da roda direita da passat 1.9 tdi 1994 que durou até + ou - 1997 porque os moldes custão muito e têm que ser repostos. Mais existia e é provável que exista ainda nos carros novos com eixo torcente traseiro um desvio entre rodas de 0.5mm ou0.08mm isto faz com que as rodas traseiras não rodem nos 360º, ou seja arrastam provocando um desgaste nos pneus em forma de dente de serra ou nomeadamente em castelo fazendo que o carro se desloque para a direita ou para a esquerda conforme se acelera ou desacelera provocando até muitos acidentes!!!.... Fico por aqui atenção assumo toda a responsabilidade sobre o acima descrito e, posso prova-lo seja onde for. desta forma tudo acima descrito deve ser publicado porque a VW tem todo o conhecimento do que acabo de descrever...........................................
  • Cidadão
    01 jun, 2016 lisboa 00:51
    Precisávamos de mais 10 empresas destas pelo menos no nosso pais.
  • Jorge
    31 mai, 2016 Porto 23:27
    Realmente isto de a Auto Europa ser o segundo maior exportador do pais não passa de mais uma grande treta daquelas que os nossos políticos já nos habituaram. Mas Senhores tenham no mínimo um pouco que seja de vergonha na cara, mas infelizmente eu sei que não a tem. A AUTO EUROPA não exporta coisíssima de nada porque a Auto Europa não fabrica nada de nada a Auto Europa apenas e só se limita a receber via Alemanha ou de outros países peças avulso de determinada marca de automóveis que neste caso tem origem na Alemanha para montarem esses respectivos automóveis, os quais após estarem montados são novamente pura e simplesmente devolvidos há sua origem, por isso não se trata de nenhuma exportação porque não e um produto que tenha sido ou que seja fabricado ou produzido de raiz por portugueses ou com origem em Portugal. Porque não se pode exportar algo que não e nosso e que muito menos ainda fabricado por nos.
  • Nobre
    31 mai, 2016 centro 22:44
    Enquanto haver gente que se deixa enganar vai continuar a haver mercado, enviem os VWs para fora de Portugal não insultem a inteligencia dos portugueses!
  • Carlos Gonçalves
    31 mai, 2016 Seixal 22:42
    Deixem-me adivinhar.....a culpa é do António Costa!!!
  • edgar
    31 mai, 2016 Lisboa 19:21
    É verdade, parece que foram á bruxa para lixarem o país. Eles querem lá que o país vá prá frente, tristes,tristes.
  • Até com isto
    31 mai, 2016 lx 17:55
    o actual governo tem de enfrentar!...As "rezas" da direita estarão a dar resultado?

Destaques V+