Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Depois dos colégios, Bloco defende corte nas “rendas” estatais pagas à saúde privada

30 mai, 2016 - 18:27

Bloquistas defendem poupanças nos privados e investimento no Serviço Nacional de Saúde.

A+ / A-

O Bloco de Esquerda (BE) quer acabar com o que classifica de verdadeiras "rendas" pagas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) aos hospitais privados. O partido promete levar o tema para a mesa das negociações do Orçamento do Estado de 2017.

Os deputados bloquistas questionaram o ministério de Adalberto Campos Fernandes sobre o número de utentes em lista de espera e os que são encaminhados para vale-cirurgia. A conclusão é que, entre 2013 e 2015, os hospitais públicos gastaram cerca de 100 milhões de euros em operações feitas fora do SNS.

Em declarações à Renascença, o deputado do BE Moisés Ferreira sublinha que é crescente o valor gasto pelo Estado em vales-cirurgia.

“Em 2015, o Serviço Nacional de Saúde gastou cerca de 36 milhões de euros, quando em 2013 tinha gasto pouco mais de 30 milhões de euros. Nos últimos anos tem havido mais pessoas a serem enviadas para os hospitais privados para fazerem as cirurgias que podiam fazer nos hospitais públicos e tem-se gasto muito mais dinheiro com o que, na verdade, é uma espécie de renda a muitos hospitais privados para continuarem o seu funcionamento”, acusa o deputado bloquista.

Moisés Ferreira defende o investimento das verbas direccionadas para as instituições privadas no SNS, reactivando serviços entretanto extintos, fixando médicos especialistas, abertura de blocos operatórios, permitindo dar capacidade aos hospitais públicos procederem às cirurgias programadas.

“Nós olhamos para os meios complementares de diagnóstico e terapêutica e vimos que o Serviço Nacional de Saúde gasta centenas de milhões de euros por ano a financiar laboratórios privados para fazerem análises clínicas que os próprios hospitais poderiam fazer”, refere o deputado.


Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Realista
    31 mai, 2016 Porto 10:46
    Tenho novidades para o minoria comunista que pensa que agora são os donos deste país, o vosso sistema não funciona, nunca funcionou, se queremos nacionalizar a saúde também temos que ter consciência de que vamos despejar o dinheiro dos nossos impostos numa máquina que será ineficiente, cara e com toda certeza servirá muito pior os portugueses. Pois é a teoria e muito linda mas é preciso algo que Marx e Engels nunca tiveram, maturidade suficiente para perceber que jamais o ser humano funciona num sistema de plena igualdade.
  • ana
    31 mai, 2016 lisboa 10:33
    Claro que o FP paga ADSE mas desta vez não se importa de dar lucros aos hospitais privados, não é mesmo? Ou acham que estes hospitais não são empresas e que lhes cai o salário ao dia 22, sem saberem ler ou escrever? Sigam para o público!
  • Clara
    31 mai, 2016 Setúbal 01:44
    Claro que o pessoal da ADSE pode ir a um privado. Descontam mais de 100 euros por mês.
  • Luís M.
    30 mai, 2016 Vila Real 23:31
    Quem defende os serviços públicos certamente não os usa. É-se quase sempre mal atendido pela malta da cunha.
  • psianalista
    30 mai, 2016 odivelas 23:23
    Os beneficiários da adse, pagam a sua saúde e a do sr. carlos, já que o serviço nacional de saúde é pago pelo orçamento do estado. Deviam informar-se antes de comentar o que não sabem.
  • psianalista
    30 mai, 2016 odivelas 23:16
    Quem paga pode escolher os locais onde quer ser tratado como é o caso dos doentes da ADSE , O SENHOR CARLOS DEVIA INFORMAR-SE PRIMEIRO ANTES DE COMEMTAR.
  • Jorge Fao
    30 mai, 2016 Ericeira 23:03
    Desta os homens do Bloco meteram-se em problemas. Caso não saibam o principal cliente do sistema privado de saude são os benificiarios da ADSE. FIM DA ADSE JÁ !! Gostaria de encontrar un jornalista que questione o responsavel da FENPROF sobre esta questão. Escola publica para todos OK. Estão Serviço Nacional de Saude para TODOS os Funcionarios Publicos ....
  • Júlio Vaz
    30 mai, 2016 Sintra 23:02
    Oh! sr. Carlos, quem é da ADSE, se vai ao privado, paga uma percentagem e o restante é a ADSE. Quem sustenta a ADSE, não é o sr, mas quem desconta para ela e que, por acaso até já serviu para tapar buracos que lhe permitem a quem não usufrui dela, poder continuar a ter Saúde a quem não pode pagá-la. Os subsistemas de saúde não são privilégios, entendam isso de uma vez por todas. São sistemas financiados pelos que os subscrevem. Mais, o que tem a ADSE a ver com privados?
  • JCR
    30 mai, 2016 LX 23:02
    Contra os lucros privados, na saúde e na educação, que são os direitos fundamentais que qualquer pessoa deve ter, porque se assim não for, somos piores que os animais, sou e serei sempre 100% contra, e anseio para que 1 dia, haja 1 governo que venha proibir que cidadãos e grupos privados, ganhem lucros astronómicos, à conta da educação e da saúde privada, e veja-se eles agora a espernearem, contra a polémica absurda, mas completamente elitista, dos contratos de associação, mas voltemos em especial, à saúde, basta dar o exemplo que, se 1 pessoa quiser ir ao otorrino ou ao dentista, muito raramente, encontra essas especialidades no sector público, fora dos hospitais, e é contra esta política há muito praticada em Portugal, e sobretudo, abraçada e adorada, pelos adoradores da PaF, que quem tem dinheiro, tem saúde, quem não tem, que morra nas sarjetas, que estarei sempre contra, e é por isso que espero que o que o BE disse que ia fazer, se concretize, o que eu desejo, de não haver ninguém que ganhe dinheiro à custa do negócio da educação e saúde, pode ser utópico, mas eles só existem, porque os nossos impostos, são mal gastos, mal direccionados, porque se fossem bem gastos e direccionados, de certeza absoluta, que não havia os mamões que existem, a ganhar rios de dinheiro, na educação e na saúde, e por isso é que estou a favor que o dinheiro público, não financie esses sectores privados, já basta que as elites em Portugal, só o sejam, à conta do dinheiro dos pobres desgraçados!
  • Gustavo
    30 mai, 2016 Cbr 22:48
    E que tal cortarem tb o financiamento publico a partidos politicos ? Isso é q era...

Destaques V+