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Música, dança e cavaquinhos na manifestação pelos contratos de associação

29 mai, 2016 - 09:43

“Teremos uma manifestação certamente sui generis”, afirma o porta-voz do movimento “Defesa da Escola Ponto”. Marcha vai ligar Avenida 24 de Julho ao Parlamento.

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Este domingo é dia de manifestação, em Lisboa, em defesa dos colégios com contrato de associação. São esperadas mais de 20 mil pessoas na iniciativa promovida pelo movimento “Defesa da Escola Ponto”.

O programa inclui, além da marcha e concentração, junto à Assembleia da República, vários momentos de música e dança.

A manifestação começa às 15h00 “na Avenida 24 de Julho, quando se inicia a Avenida D. Carlos. Iremos aí receber 20 ou 30 mil pessoas. Vai constituir uma grande manifestação de festa que terminará junto à Assembleia da República. E teremos uma manifestação certamente sui generis, desde grupos musicais, grupos de dança, desde cavaquinhos, tambores, etc.”, garante à Renascença o porta-voz do movimento, Manuel Bento.

A justificação é que, “sendo uma manifestação de repúdio e de revolta contra o que nos estão a fazer, também demonstra a festa e o vigor que são as nossas escolas”.

Todo o percurso será em tons de amarelo – a cor do protesto dos colégios, que deverá tomar conta das ruas.

O protesto conta com o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, que tem 27 colégios com contrato de associação, dos quais 14 não vão poder abrir turmas de início de ciclo no próximo ano lectivo.

De todo o país, pais, alunos, professores organizaram-se para participar na manifestação em Lisboa. “As pessoas estão a organizar-se. Em cada escola com contrato de associação, os pais, alunos e professores estão a organizar-se desde autocarros, a um comboio, chamado de Liberdade”, afirma Manuel Bento.

De Braga a Lisboa pela liberdade de ensino

Já partiu de Braga, o comboio baptizado de “Liberdade”. Vai passar por Famalicão, Campanhã (Porto) e chegar a Santa Apolónia, em Lisboa, às 12h30.

“Hoje, esta manifestação geral quer mostrar ao Governo e ao país a razão que temos da importância da liberdade da educação”, diz uma professora do Externato Infante D. Henrique.

“Estamos convictos de que muita gente entende esta problemática e fomos surpreendidos com esta decisão do Governo, sem nenhuma negociação. A razão pode ser vencida, mas nunca deixa de ser razão, já dizia António Aleixo. E é isto que nos move”, acrescenta a docente, receosa pelo seu posto de trabalho.

De Braga seguem 300 pessoas para participar no protesto.

Comentários
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  • José
    30 mai, 2016 Braga 16:41
    Então eu pergunto, os alunos que frequentam a escola publica, porventura, alguma vez lhes foi perguntado, se queriam frequentar aquela escola… Como sempre, o caldo fica entornado quando se fala em questões financeiras e perda de regalias e mordomias de alguns.... Pelos vistos, as expectativas defraudadas e os direitos adquiridos são só para alguns... O velho dilema do sociedade em geral. Tenham juízo...Há muitas escolas publicas de muito boa qualidade, como também existem colégios de duvidosa qualidade… Desde que, se deu a massificação do ensino público, muitos e bons profissionais se formaram, nas mais variadas áreas...Mal estaríamos, se só fossem bons profissionais, aqueles que frequentaram o ensino privado… Pelos vistos, havia oferta na rede publica, sim porque as vagas não apareceram por "milagre", da noite para o dia...Aconselho vivamente, a verem o programa do CANAL 1 “sexta às nove do dia 20 de maio”, e ficaram com todas as dúvidas esclarecidas...Haja paciência...Tudo serve, para descredibilizar a equipa do Ministério da Educação. Quem por ventura, não acredita que a escola pública, pode prestar um serviço de qualidade, que pague tão simples quanto isso…Hora bolas, ter regalias com a carteira dos outros, como diz a sabedoria popular, também eu....
  • Pedro Ribas
    29 mai, 2016 Taveiro 17:09
    Mas quem vos tira a liberdade? Mas as escolhas comportam custos. Escolhem abdicar da Escola Pública? Paguem.
  • Rui Raposo
    29 mai, 2016 castelo branco 16:53
    Eu andei no ensino particular,mas foram os meus Pais que pagaram.Não foi o dinheiro do contribuinte.Tenho uma filha que se mestrou numa universidade particular e onde eu paguei o curso sem ajuda do Estado.Andou lá porque eu quis.Presentemente a minha filha está a tirar uma licenciatura agora no público.Concluindo:Quem quer ensino particular que puxe os cordelinhos à bolsa
  • Jose Martins
    29 mai, 2016 FigFoz 16:46
    Ponham tudo a limpo. Quem está a pagar estas manifestações, com todos os adornos e material necessário para parecerem bem organizadinhos??? Que interesses se movem por trás disto? Para os apoiantes, que eu já li aqui, eu quero o meu filho numa escola privada mas não tenho dinheiro. Assim sendo, agradeço a vossa contribuição, do vosso bolso e dos vossos impostos para eu conseguir concretizar o que desejo. Vá, vamos a chegar a barriguinha à frente que o meu filho não é diferente dos vossos....
  • Pedro
    29 mai, 2016 Bencatel 16:41
    Pois claro, música é o que os colégios privados (ensino privado) querem dar ao Zé Povinho, aqueles que pagam as mordomias de alguns. Espero sinceramente que este governo não vá em musicas e cantigas de mau amigo.
  • José Trincão
    29 mai, 2016 Braga 16:28
    Na verdade a ignorância leva-nos a fazer comentários que de bom senso pouco têm. O que estamos a falar é de serviço público que deveria ser estendido a todo o país, para que saibam estas escolas de contrato de associação tanto são frequentadas por um aluno de pai "rico" como pelo aluno mais desfavorecido da região, ninguém é descriminado. Se entre 2 escolas equidistantes os pais escolhem a de contrato de associação por alguma razão será, por estupidez não deverá ser com certeza!!! O que está em cima da mesa é a destruição da qualidade da educação em Portugal. Lutemos todos para nos nivelar por cima, não deixem que a inveja nos nivele por baixo. Na Holanda, país de referência na UE, 70% da educação funciona em associativismo, se estamos no bom caminho porquê destruir o que levou tantos anos a construir? Não nos iludamos por politiquices, jogos ideológicos e deixemos de ser mesquinhos, invejosos e queiramos todos o melhor para os nossos filhos: serviço publico de educação com qualidade.
  • Sara Costa
    29 mai, 2016 Chaves 16:12
    Esta gente é uma vergonha. Para isto já há dinheiro. Para pagarem a escola dos filhos, não? Querem escolher? Escolhem privadas? Paguem. Dos meus impostos só deve sair dinheiro para a Escola Pública. Ponto!
  • João
    29 mai, 2016 Porto 16:05
    Acho piada a alguns comentários furibundos com esta manifestação. Tenham ou não tenham razão, há uma coisa que se chama liberdade de manifestação, e que eu saiba não pertence a apenas um espectro ou grupo ideológico. E já que há gente tão preocupada com a forma como os dinheiros públicos são gastos nos colégios privados, pergunto-me se também ficaram indignados quando a CGTP utilizou autocarros públicos e escolares, privando centenas de crianças de ir à escola, para apoiar o derrube do governo de Passos Coelho; ou se também acham legítimo que os abortos sejam pagos integralmente pelo serviço público, quando não se trata de nenhum problema de saúde .
  • ZARATUSTRA
    29 mai, 2016 ÉVORA 15:02
    Estou absolutamente perplexo com toda esta movimentação, a qual, se viesse de forças de sinal contrário, aqui d'El-Rei....!! Acaso os colégios signatários e quem é arregimentado para os apoiar, quando se constituíram para proporcionarem outra oferta de ensino em concorrência com a oferta pública, não sabiam que não podiam depender do apoio do estado para manterem as suas portas abertas e sim, como é legítimo esperar, apenas da iniciativa daqueles que querem oferecer aos seus educandos um ensino baseado em certos valores, não massificado, de características alegadamente diferenciadas do que é veiculado pela oferta do estado, portanto, de seu inteiro encargo porque resulta de uma vontade individual e inequívoca? - Não se coloca em causa o direito a ser assegurado pelo estado o ensino em territórios onde a sua oferta não está presente - e esta é, parece a toda a gente de bem, que é inquestionável a obrigação do estado em celebrar contratos de associação de modo a colmatar esta carência, como consagra a Constituição da República - mas, para além disto....é demagogia, é aproveitamento, é uma clara subversão da verdade legislativa e factual. que se não compagina com os valores que se invocam.
  • pachorra
    29 mai, 2016 redondo 14:05
    Então quem paga a musica a dança e os cavaquinhos , camisolas , gasoleo e transporte a esta gente ? Se têm dinheiro para isto tudo pois que paguem a escola aos filhos não queiram que os outros paguem ...

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