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Sanções a Portugal acendem debate entre Costa e Passos

27 mai, 2016 - 10:24

Líder do PSD diz que governação socialista está a ir por mau caminho. "Haja coerência e tenha humildade em falar dos resultado económicos dos outros", responde o primeiro-ministro.

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O debate quinzenal no Parlamento arrancou em tom ríspido entre o primeiro-ministro e o líder da oposição, António Costa, na intervenção inicial fez um balanço dos primeiros seis meses do Governo considerando que, apesar das dificuldades, o caminho que tem sido feito está a ser positivo.

"A cada dificuldade, mostrámos capacidade de a vencer. É essa resiliência que está a tornar possível virar a página da austeridade e que abre caminho para fazer de Portugal um país mais desenvolvido, mais justo e mais igual", acrescentou Costa.

Na resposta, Pedro Passos Coelho atacou o rumo da governação considerando que "os resultados estão à vista". "O desemprego aumentou e o investimento caiu", atirou Passos. O presidente do PSD trouxe depois ao debate a questão das eventuais sanções que a Europa quer aplicar a Portugal por ter sido ultrapassado os 3% de défice em 2015.

"Porque é que no meio de tanto enleio se fala de sanções a Portugal", questionou. Costa tomou da palavra e respondeu de imediato: "fala-se de sanções porque em 2015 Portugal não cumpriu as metas".

Costa aconselhou depois Passos a ter "coerência" e "humildade em falar dos resultado económicos dos outros".

“Em 2011 os senhores acreditaram e quiseram implementar a teoria da austeridade expansionista: quanto mais austeridade, mais a economia cresceria”, mas o que se verificou, defendeu Costa, foi o contrário.

O primeiro-ministro apontou que o desemprego registado diminuiu 2,1% face a Março do ano passado e afirmou: “aquilo que não vendemos é ilusões”. “Não escondemos falsos empregos nos quais se desperdiçaram milhões de euros para disfarçar a estatística”, acusou, numa referência aos contratos de inserção, que o Governo anunciou esta semana que iria cortar.

Passos Coelho apressou-se a responder: “Ficamos a saber que o primeiro-ministro considera que havia 48 mil falsos empregos e que desapareceram por vontade do Governo”.

António Costa aproveitou depois para assinalar a “postura construtiva” que o Governo tem assumido com a Zona Euro. A Grécia entrou no debate, com Passos Coelho a questionar o Governo sobre se teria aprovado o novo pacote de austeridade para o país e a comentar ironicamente: “Fico a saber que quando o Governo socialista aprova programas de austeridade para a Grécia, está a ajudar, quando o anterior Governo o fazia, estava a prejudicar”.

Comentários
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  • Paulo
    27 mai, 2016 Lisboa 19:52
    O passos é que era bom o país estava a quê...eu vou dar só um pequeno exemplo para vocês perceberem as bacoradas que dizem, mediante o total rebaixamento dos paf´s a bruxelas, porque foi a troika e o fmi que governaram isto nos ultimos 4 anos, o que ia acontecer agora é que a caixa geral não ia ser capitalizada porque bruxelas dizia não e os paf´s calavam e iamos ter a CGD vendida a tuta e meia porque estava "falida".
  • pedro
    27 mai, 2016 lisboa 13:36
    mas ninguém percebe que quando acabam os subsídios de desemprego as pessoas têm mesmo de emigrar ou aceitar trabalhinhos de escravos com amostras de salários saindo assim dos números de desemprego? é que os subsidios iniciados há 2 anos ou mais vão acabando.... o que me preocupa e devia preocupar a todos é ninguem com dois dedos de testa meter um tostão para ficar agarrado ao ventos da geringonça. Passos não fez um trabalho completo é verdade (deveria ter acabado no minimo com metade do estado) mas estava a inverter um ciclo. agora temos isto....nunca me senti tão perto de africa
  • alvaro quintana
    27 mai, 2016 Aveiro 13:08
    A politica de terra queimada: ou eu ou nada! Já há uns bons anos atrás assistimos/vimos este tipo de políticas e politiqueiros num antecessor de PPCoelho (sr. silva). O que aconteceu foi uma crise dentro do psd, de onde sobressairam as guerras de diferentes facções e que apenas terminaria uma ou duas décadas depois. Um dos principais prejudicados foi o país, pois enquanto se degladiavam pelo poder o governo enm funções ia governando sem oposição e qq tipo de controle. Enquanto este PPCoelho não abandonar o lugar, o psd não voltará a ter o respeito das maiorias. PSD é a imagem do seu líder: inexperiente, arruaceiro, mal-educado, ignorante,... Troquem de líder, para bem do país!
  • elacoisas
    27 mai, 2016 Lx 13:03
    Como é possível haver ainda comentadores bancarrotistas a apoiar a esquerdalha que reina em Portugal, sobretudo um pseudo-primeiro ministro usurpador de poder como o foi na camara de Lisboa, no secretariado do Partido Socialista eliminando Tozé Seguro? quando não se tem argumentos passa-se a insultar Passos Coelho, como se nunca houvesse um partido que governou quase 14 anos e espalhou fome e miseria como fazem hoje na Venezuela, na Grecia. Ponham os olhos na Irlanda que logo nas primeiras eleiçoes pós bancarrota correram com o Socialismo dando-lhes a irrisória votação abaixo de 10% e hoje sabemos que é um país confiável e estruturado graças ao liberalismo. Enfim...Estes comentadores passam a vida nos forums a espalhar mentiras e insultos quando deviam fazer algo mais pelo seu país.
  • Santos
    27 mai, 2016 Lisboa 12:42
    Senhores da esquerda: afinal o país está melhor ou pior que com o Passos?. Obviamente, está pior. Qualquer pessoa honesta o reconhece. O resto é conversa, para enganar os incautos que votaram no PS, PC e BE. A economia agora cresce mais? Não! Há menos desemprego?. Não, há mais! A austeridade do Passos era má mas a do Syriza na Grécia já é boa?. E nós, mais mês, menos mês, vamos agravar a austeridade, é inevitável. Deixem de pregar ilusões.
  • CAMINHANTE
    27 mai, 2016 LISBOA 12:39
    PPC mais os seus parceiros associados da Cristas, andam a pedir a todos os Santos que Portugal seja alvo de sanções ( embora digam o contrário). Continuam na mesma, sado-masoquistas e revanchistas. Não aprenderam nada, não querem aprender, mantêm o mesmo "catecismo" . Foram e serão sempre meros executores dos interesses do Merkelianismo. Nunca puseram os Portugueses à frente, nunca negociaram soluções mais adequadas para a realidade dos Portugueses. Foram para além dos "Troikianos". PPC poderia pensar em trabalhar, para variar... meta-se como empresário, já que é tão bom.
  • euripedes
    27 mai, 2016 alcains 12:34
    O tecnoformático, messias, mete dó. Tão, mas tão poucochinho. Ou melhor, está no seu melhor, uma perfeita nulidade, que não acrescenta nada ao debate, em negação, vazio, oco, redundante, a contribuir irremediavelmente para descrença, desanimo, queda do PSD. Recorda-nos um certo rei, D. Sebastião, que um dia virá salvar-nos.A nulidade personificada, agarrado á cadeira.
  • Haja Bom Senso
    27 mai, 2016 Coimbra 12:25
    A pressa e a pressão que psd e o cds mantêm no ataque a tudo quanto mexe pretende mesmo ter esse efeito: falemos deles para não dar tempo de se descobrir que a responsabilidade é nossa. Este é o lema. Sabem, e a UE, o FMI e a Troika, que nunca cumpriram, nem ficaram lá perto, as metas que lhes foram "impostas" e que em nome da saída limpa que agora sabemos que foi muito suja, mas cuja sujidade estava toda debaixo da carpete vermelha por onde passavam a exibir as vaidades. É um escândalo e um descrédito como todas as instituições europeias e o FMI foram cúmplices de uma desastrosa política conduzida pelo governo de ppc e portas e deram cobertura e corroboraram publicamente notícias falsas apenas para vender ilusões. É, além do mais, inadmissível que o tenham feito, todos sem exceção, porque os portugueses merecem respeito. A banca ficou como se pode ver e, descobre-se agora, que sob a avaliação das instituições em quem supostamente deveríamos poder confiar, estão todas falidas e vamos continuar a não cumprir as metas e a não sair do procedimento de défice excessivo porque temos todos os bancos em crise e somos nós que temos de os pagar. Essa foi a razão por que a UE não fez nada para que o Banif fosse resolvido e, também, o Montepio, o BCP, o BPI e até a CGD. Estas falências da banca portuguesa não nasceram e cresceram nestes 6 meses. São o lixo, conhecido por todos, que estava debaixo da passadeira vermelha por onde desfilaram as troikas e o governo. Os burros pagam....
  • antonio
    27 mai, 2016 vendas novas 12:12
    corrido devia ser esse costa que nunca ganhou nada e vai por o país outra vez na banca rota
  • antonio
    27 mai, 2016 vendas novas 12:03
    corrido devia ser esse costa que nunca ganhou nada e vai por o país outra vez na banca rota

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