26 mai, 2016 - 10:39
O “Diário de Notícias” escreve em título: ”Berlim contra borla a Portugal e Espanha”. Em causa, a decisão de Bruxelas – em dar mais um ano aos dois países para cumprirem o défice – que caiu mal junto de alguns ministros da zona euro. Um deles foi o alemão Wolfgang Schauble que atacou Espanha, alegando que “adiar uma decisão por haver eleições à porta não é um contributo para reforçar regras”.
O caso merece uma breve referência no “Correio da Manhã”, onde se pode ler que “O ministro alemão das Finanças criticou a Comissão Europeia por não ter aplicado ainda sanções a Portugal e Espanha”.
“Governo entalado à esquerda e em Bruxelas” é um dos títulos no “Jornal de Notícias”, que resume os primeiros seis meses de legislatura.
No “Público”: “Grécia consegue acordo sobre dívida mas nos termos europeus”. O jornal diz que “o desbloqueio do impasse entre os credores europeus e o FMI relativamente à reestruturação da dívida grega só aconteceu pela grande concessão que o fundo fez”. O mesmo tema no “i” que escolheu para título: “Nova maratona grega volta a evitar saída”. “Sem o Grexit em cima da mesa – explica o jornal - estava em causa a permanência do FMI no apoio à Grécia. Foram necessárias 11 horas de debate para uma conclusão à europeia: o fundo de Lagarde fica… para já”.
O francês “Le Monde” anuncia na manchete um acordo político para aligeirar a carga da dívida grega.
Na capa do espanhol “El País” as imagens do naufrágio, de um barco com refugiados, frente à costa Líbia. Em legenda “cenas de um naufrágio no Mediterrâneo”. São imagens que se repetem em vários jornais, pelo mundo. O italiano “Corriere della Sera” fala no “milagre do salvamento de 562 pessoas no mar”. O britânico “The Guardian” diz que “imigrantes em desespero lutam pelas vidas no Mediterrâneo”. O “The Times” adianta que as “Vítimas do afundamento (estão) entre os 5.600 migrantes salvos em três dias”.
Em destaque também na primeira do “The Times” declarações de um dos melhores amigos de David Cameron. Steve Hilton garante que o Primeiro-ministro é favorável a uma saída do Reino Unido a União Europeia, só o cargo que ocupa o impede e fazer campanha pelo não, no referendo.
No americano “Washington Post”, num artigo de opinião, George F. Will explica por que é que o referendo à permanência britânica na União Europeia é o voto mais importante do último meio século, e defende que os norte-americanos devem ter muita atenção ao que se vai passar no Reino Unido daqui a menos de um mês, porque há implicações também no futuro do outro lado do Atlântico.