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Estivadores. Patrão dos patrões vai promover reunião com operadores

25 mai, 2016 - 19:07

CIP quer um acordo que termine com greve no porto de Lisboa que dura desde 20 de Abril.

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O presidente da Confederação Empresarial de Portugal - CIP, António Saraiva, apela a um entendimento entre "as partes" para uma solução no Porto de Lisboa e anuncia que a CIP vai promover uma reunião com os operadores.

"Temos consciência dos prejuízos, temos relato de muitos associados e vou promover uma reunião com os operadores. É um tema que estamos a acompanhar, há graves prejuízos para a economia, há algumas produções que estão ameaçadas", disse António Saraiva no final de uma reunião em sede de Concertação Social, em Lisboa.

O presidente da CIP deixou um apelo ao entendimento, pois "os prejuízos para a economia são imensos", considerando que as partes têm de "resolver rapidamente esta situação.

"Apelo para que as partes se entendam e se encontrem formas de resolução para que não tenha de se entrar em formas mais gravosas como está anunciado", insistiu Saraiva.

Já o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, afirmou, por seu turno, que a greve "está a começar a causar problemas no fabrico de alguns produtos e poderá ter influência nalguns preços de importação que, se forem por via terrestre, podem ser mais altos".

No final de um plenário de trabalhadores em Lisboa, presidente do sindicato dos estivadores, António Mariano revelou que na próxima sexta-feira inicia-se uma nova fase na luta dos trabalhadores com a entrega formal do pré-aviso da greve que tem início a 27 de Maio e se prolonga até ao dia 16 de Junho.

Os operadores do Porto de Lisboa vão avançar com um despedimento colectivo por redução da actividade, depois de o sindicato dos estivadores ter recusado, na sexta-feira, uma nova proposta para um novo contrato colectivo de trabalho.

A decisão do recurso ao despedimento colectivo foi tomada depois de, na sexta-feira passada, o sindicato, em greve desde 20 de Abril, ter recusado a proposta de acordo de paz social e para a celebração de um novo contrato colectivo de trabalho para o trabalho portuário no Porto de Lisboa.

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  • Pinto
    27 mai, 2016 Porto 12:44
    Os patrões estão habituados a andarem pendurados no estado como sanguessugas. O Estado pagou às PPP 39 M€. A CIP tem de aprender que baixos salários e precariedade não fazem evoluir a economia, a honestidade dos patrões em Portugal em relação às leis laborais deixam muito a desejar, enquanto não houverem na política pessoas imparciais e sérias, o país não desenvolverá. No porto de Lisboa os camionistas que andavam fora e dentro guardados pela polícia de choque são um exemplo da cobardia na esfera laboral, essa gente que conduz camião têm o contracto colectivo congelado desde 1998, os salários e alimentação são da época de 1998 para efeitos judiciais, Com os aumentos dados livremente, actualmente têm um salário de 530.00€ a 600.00€, Tudo que ganham acima disto são pagos em horas extras, ao KM, à tonelada; à carga e ao prémio, tudo isto especialmente as horas extras são pagas como ajudas de custo, assim não descontam para a segurança social, para além disto falsificam os tacógrafos para poderem exceder os horários de condução sem serem detectados. Outra situação que embora seja proibido por lei e os seguros não abrangem são as descargas e cargas feitas pelo motorista enquanto põem o tacógrafo em descanso. Mencionei o sector dos transportes porque entendo que embora nada tenha a ver com o que se passa com os estivadores. merece ser exposto pela situação laboral vivida em que a cobardia no meio laboral em diversos sectores está num nível quase de escravatura.

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