24 mai, 2016 - 18:14
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) vai processar a Juventude Social-Democrata (JSD) por causa de um cartaz polémico, em que o sindicalista Mário Nogueira é comparado a Estaline.
A Fenprof defende, em comunicado, que o cartaz representa
uma “ofensa grave ao bom nome” da Federação e faz uma “condenável utilização”
da imagem do secretário-geral Mário Nogueira, eleito em congresso.
“O Secretariado Nacional da Fenprof não pode admitir a
utilização de meios ilícitos que ultrapassam a decência da acção política, a
qual, desta forma, perde toda a credibilidade e tem de ser condenada, com a
oportunidade que o acto (a publicação do cartaz) e o motivo (destruição da
imagem de credibilidade do movimento sindical docente plasmado na intervenção
da Fenprof) justificam”, pode ler-se no comunicado.
No cartaz divulgado segunda-feira no site da JSD, Mário Nogueira aparece vestido com uma farda militar soviético, ao lado da frase "Isto Stalin[do] está!" e do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que aparece como uma marioneta.
A JSD acusa, em comunicado, Mário Nogueira de não saber, há muitos anos, dar aulas. Ao Governo, a estrutura juvenil do PSD apelida-o de "mentiroso" e “protocomunista”
Na imagem pergunta-se: “Foi nisto que votou?”. O que desencadeou esta iniciativa são os contratos de associação de colégios privados com o Estado e que a JSD defende que “são um instrumento de política pública de educação com dezenas de anos".