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Áustria: ecologista bate ao “sprint” extrema-direita

24 mai, 2016 - 10:36

Alexander Van der Bellen é o novo Presidente austríaco. Conseguiu a vitória na segunda volta nas eleições Presidenciais e derrotou o candidato da extrema-direita. É o grande destaque da Imprensa esta manhã.

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Revista de Imprensa de temas europeus (24/05/2016)

No “Diário De Notícias”, destaque para Van der Bellen, apoiado pelos Verdes, que venceu à justa as eleições com 50,3%, mais 30 mil votos do que Norbert Hofer. Este filho de refugiados do regime de Estaline é o novo Presidente. Metade do país suspirou de alívio, mas também grande parte da Europa uma vez que esteve próxima uma vitória de uma figura populista. De resto, o “DN” cita o Primeiro-ministro francês Manuel Valls, que diz que é “um alívio ver que os austríacos rejeitaram o populismo e o extremismo. Mas que também é importante que na Europa saibamos retirar as devidas lições”.

De resto, multiplicam-se os artigos de opinião sobre o tema. No “Jornal de Notícias”, Paula Ferreira diz que “Foi por uma unha negra. O descontentamento dos austríacos esteve quase a colocar no poder um presidente de extrema-direita. 49,7% votaram num candidato que se apresentou contra a Europa, os refugiados e pelo autoritarismo. Um quase empate que merece, segundo a autora do artigo, uma profunda reflexão. Pelos austríacos. E por todos os europeus. E é mais um sinal de que os povos europeus se revêem cada vez menos na União Europeia.

No “Público”, outro artigo de opinião, de José Pedro Teixeira Fernandes, sob o título “Os fantasmas da Áustria ensombram a Europa”. Ele vai rebuscar o passado daquele país para lembrar que “não é tão neutral como se julgava” e que “A Áustria nunca se recompôs totalmente do trauma do colapso do Império Austro-Húngaro” após a Primeira Guerra Mundial, em 1918. E faz uma revisitação da História contemporânea da Áustria para ajudar a explicar estes resultados eleitorais.

No “Público”, uma entrevista com Claudio Magris que, aos 77 anos, é considerado um dos mais importantes intelectuais europeus. Este italiano escreveu romances, ensaios, peças de teatro e artigos em que reflecte sobre a cultura alemã, a identidade europeia, política, religião e cultura. A meio da entrevista, Magris diz que “parece que já ninguém sabe quais são os valores essenciais da Europa”. O intelectual italiano diz que “a regra da unanimidade, por exemplo, bloqueia as decisões, e não é democrática. A unanimidade é uma ficção dos regimes totalitários” e, em democracia, “é impossível”.

Ainda no “Público”, o eurodeputado do PSD Paulo Rangel escreve sob o título “Bruxelas é uma bruxa: o populismo em Portugal”. Diz Rangel que “à velocidade da confirmação do fiasco económico em que o Governo nos meteu, Bruxelas será o bombo da festa”. O social-democrata espera que “a agenda populista do Bloco, do PCP e do sector bloquista do PS ganhe relevo e visibilidade” à medida que as políticas económicas forem dando errado.

Lá por fora, a “Deutsche Welle” diz que Angela Merkel “descarta a isenção de visto para turcos já em Julho”. Após o encontro com Erdogan, a Chanceler reafirmou que a mudança só entrará em vigor se a Turquia cumprir todos os pré-requisitos, o que inclui alterar a sua polémica legislação antiterrorismo. As negociações continuam.

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