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Portugal recebe mais 54 refugiados

24 mai, 2016 - 07:13 • Celso Paiva Sol

Entre eles, estão cinco famílias. As nacionalidades variam entre a síria, a iraquiana e a eritreia.

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Esta semana, Portugal recebe dois novos grupos de refugiados, que se vão juntar aos 237 que já cá se encontram. No total, são mais 54 pessoas.

Esta terça-feira, o Aeroporto Humberto Delgado em Lisboa recebe o primeiro grupo: um total de 25 pessoas divididas entre cinco famílias e quatro indivíduos que viajam sozinhos.

São, na sua maioria, sírios e iraquianos, mas também há um oriundo do Iémen. Estavam, até agora, em campos de acolhimento na Grécia.

Na quarta-feira, chegam mais 29 refugiados, desta vez todos cidadãos eritreus, que passaram os últimos meses em centros de acolhimento italianos.

Em Portugal, estas 54 pessoas vão ficar sob a responsabilidade de várias entidades que integram a Plataforma de Apoio aos Refugiados, mas também da Câmara de Lisboa, do Conselho Português para os Refugiados e da Cruz Vermelha Portuguesa.

Em 2015, entraram na Europa mais de um milhão de pessoas vindas de países em guerra, como a Síria. Só nos primeiros quatro meses de 2016, entraram mais 190 mil. Mais de 50 mil estão na Grécia.

Portugal é o terceiro país europeu que mais refugiados acolheu no âmbito do programa de recolocação. Até ao final do mês, vai receber mais 137, vindos de Itália e da Grécia.

Integração com direito a “kit”

O primeiro-ministro português divulgou, em Istambul, onde decorre a Cimeira Mundial Humanitária (ONU), o lançamento do chamado "kit de boas-vindas" a refugiados, integrado no programa "Simplex +".

António Costa, que considerou essencial a integração destas pessoas pelo emprego e educação, explicou que o "kit" está escrito na língua materna dos refugiados e inclui informações sobre direitos básicos, das mulheres, cuidados de saúde, acesso a educação e protecção social.

No Algarve, a Renascença foi conhecer a integração de refugiados pela Santa Casa da Misericórdia de Faro. Vindos da Síria, do Iraque, da Eritreia e do Iémen, todos homens, deverão conseguir um trabalho em breve. A língua tem sido a principal barreira.

No debate da Cimeira Humanitária Mundial intitulado "Não deixar ninguém para trás", António Costa demarcou-se totalmente da linha política europeia que defende o encerramento de fronteiras e sustentou que os fenómenos das migrações são "tão antigos quanto a humanidade" – razão pela qual não devem ser "demonizados".

Pelo contrário, o primeiro-ministro português defendeu que a imigração pode até ter efeitos positivos para a resolução dos desequilíbrios demográficos globais, considerando, por isso, “do interesse de todos promover a migração segura e ordenada".

A Cimeira Mundial Humanitária, organizada pela ONU, decorre até esta terça-feira em Istambul (Turquia) e tem a crise dos refugiados como tema principal. No final, está previsto o lançamento da proposta "Grande Pacto", devendo também ser apresentadas linhas de acção e compromissos concretos comuns, com o objectivo de garantir a Agenda para a Humanidade 2030.

Na Turquia estão mais de 50 líderes mundiais. António Guterres integra a delegação que acompanha António Costa.

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  • Soldado raso
    24 mai, 2016 Covilhã 16:01
    Ele "defendeu que a imigração pode até ter efeitos positivos para a resolução dos desequilíbrios demográficos globais"...ou seja, venham eles que são submissos, para substituir os que cá estão, que gostam de ganhar mais do que aquilo que lhes queremos pagar, além de que reivindicam direitos que estes nem sonham que aqui há. Além de que, como outros subsidiodependentes, se lhes dermos direito a voto, são clientela garantida! Tristes políticos estes que trabalham activamente para acabar com os portugueses.
  • Camarada Zequinha
    24 mai, 2016 Alfornelos 07:52
    Venham , mas MUITOS , é disso mesmo que este pobre país precisa . Muitos refugidos para fazer muitas mesquitas mandadas construir pelas camaras e assim dinamizar a construção e portanto a economia . Ora aqui está jugada que muitos não entendem . Quando daqui a dez anos todos tiverem que ser muçulmanos por decreto e levarem umas boas chibatadas se não quiserem ser muçulmanos aí todos vão entender . Só que já será muito tarde ...

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