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Maria Luís à Renascença. Sanções de Bruxelas seriam "injustiça contra Portugal"

17 mai, 2016 - 23:47 • Raquel Abecasis

Antiga ministra das Finanças contesta os números apurados para o défice de 2015, deixando no ar a ideia de que o actual Governo socialista poderia ter evitado um défice superior a 3%.

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Maria Luís à Renascença. Sanções de Bruxelas seriam "injustiça contra Portugal"

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Seria uma injustiça se a Comissão Europeia decidisse impor sanções a Portugal por incumprimento das metas do défice, afirma a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença.

"Acho que é uma injustiça que é cometida contra Portugal. Acho que é uma matéria em que a Comissão não deveria tomar essa decisão”, diz Maria Luís Albuquerque, que explica desta forma porque decidiu escrever a Bruxelas, na passada semana, para que não troque estatísticas por realidade.

A ex-ministra das Finanças diz que “olhando para o ajustamento que Portugal fez desde 2011 até ao final do ano passado, estamos a falar de um ajustamento imenso, que teve medidas que, ao contrário da forma como elas se medem, foram absolutamente reais. Seria muito difícil explicar aos portugueses que afinal não chegaram", defende.

Nesta entrevista à Renascença, Maria Luís Albuquerque contesta os números apurados para o défice de 2015, deixando no ar a ideia de que o actual Governo socialista poderia ter evitado um défice superior a 3%.

“Os 3,2% que também são mencionados nas previsões da Primavera não têm a ver com o défice nominal sem Banif, têm a ver com uma avaliação que a Comissão Europeia faz após um diálogo com o Governo, que terá certamente acontecido, e em que retiram aquilo que são medidas do lado da receita ou da despesa que foram consideradas extraordinárias, mas factualmente se descontarmos 1,4% do Banif a 4,4% do défice o que temos é um défice nominal de 3%”, explica.

Questionada sobre se isto significa que há um dedo do Governo no apuramento dos 3,2% de défice, a vice-presidente do PSD responde: “Eu não sei em que termos é que essa conversa terá decorrido, sei pela minha experiência que há algumas medidas que claramente são classificadas como extraordinárias do lado da receita ou do lado da despesa, mas há outras em que há alguma discussão em torno da matéria."

Em relação aos números apurados para 2015, Maria Luís Albuquerque diz não saber o que se passou nos últimos dias do ano, mas rejeita que não haja também responsabilidades do Partido Socialista.

“Esses dias fizeram a diferença, por exemplo, para a decisão do Banif, que faz aquela diferença de 1,4%. Sim, pode-se fazer uma contenção de determinados efeitos no final do ano ou a antecipação de determinados efeitos. Sim, é possível fazer isso", remata a antiga ministra e actual deputada e vice-presidente do PSD.

Comentários
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  • Travessas
    18 mai, 2016 Caldas 16:18
    A Swapeira está com medo que lhe descubram a careca e por isso não quer sanções, foi ela e o Kuelho que nos deixaram um défice excessivo de 4,4%!
  • maria
    18 mai, 2016 holland 11:43
    como é que esta senhora ainda têm a lata de ver dizer que fez tudo bem, os outros é que fizeram mal.
  • Rui Saavedra
    18 mai, 2016 Alfarelos 10:36
    Fala a Maior Colaboracionista desde Miguel de Vasconcellos.
  • 18 mai, 2016 10:03
    Esqueceram-se que tudo o que se recebe tem de ser pago, depois quem se lixa e sempre o mesmo, os nossos políticos e que deveriam pagar
  • A.Oscar
    18 mai, 2016 Portimão 09:54
    Tudo isto de Bruxas nelas Organizações dos Bilderbergers da qual alguns portugueses políticos e não Patriotas a eles pertencem, que organizaram a moeda única do Euro, para mais rápido arruinarem a maioria dos Países Europeus para a Nova Ordem Mundial. Tais provas estão nas concessões de cortarem metade das indústrias, lavoura e até as pescas. Como pode Portugal continuar no Euro. Mr. Wolfgang Ministro da ecomimia causador de tais manhas da qual os traidores de Portugal aceitaram. Agora a Alemanha está pior que Portugal economicamente em especial o banco Deutche com deficite de biliões.
  • Manel das Coves
    18 mai, 2016 Alverca 09:36
    Enquanto alguns perdem tempo com esq. e direitas, os nossos governantes e amigos vão resolvendo e bem, a vidinha deles.
  • André
    18 mai, 2016 Lisboa 09:35
    Pois podia Dra... Mantendo uma certa dívida pública, numa consultora internacional. Eram 0,15% do déficit que podiam ter sido evitados. Tal como a Dra fez entre 2013 e Setembro de 2015. Assim é fácil apresentar resultados. Basta esconder as dívidas em consultoras estrangeiras e voilá.
  • Observador
    18 mai, 2016 Fnc 09:31
    No fundo esta é a confissão de que o anterior governo de coligação Psd/Cds não terá feito tudo aquilo que devia nomeadamente no caso Banif ( 1,4% ) e numa tentativa de alijar responsabilidades, quer transferi-las para o actua governo PS. Daí este piscar de olho à Comissão apelando à sua "benevolência" pois sabe que beneficiaria pelo facto do défice quedar-se pelos 3%! Ou seja não há ingenuidades, só que da parte da maioria do povo também não as há e sendo assim as responsabilidades de um défice de 4,4% é em grande margem para não dizer toda da do governo da coligação Psd/Cds a que pertenceu!
  • paulo
    18 mai, 2016 vfxira 09:30
    Sempre a mentirem.....está lhe no sangue.
  • Mario Silva
    18 mai, 2016 Lisboa 09:09
    Deixa no ar?!?! Que há um dedo do governo PS?!?!? Doutora Pinóquia...deve-se esquecer do que fez e que diz que não fez...do que se esqueceu e escondeu e foi descoberto mais tarde. Haja pachorra para darem destaque a tanta mentira e omissão! Criaram o monstro Banif e esconderam de tudo e de todos e depois vem dizer que são os outros que fizeram quando andaram a empurrar para a frente todos os problemas?!?!? A ministra swap tem a quem sair...ao tal que se esqueceu de quanto ganhava de ordenados, de pagar segurança social e as finanças...tudo boa gente!

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