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Semana de luta da CGTP marcada por centenas de acções e uma manifestação nacional

16 mai, 2016 - 07:11

Defesa do emprego, combate à precariedade, dinamização da negociação na Administração Pública, o fim dos "bloqueios dos patrões" à contratação colectiva, o aumento geral dos salários e a reposição das 35 horas são os "eixos centrais" da intervenção.

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A semana nacional de luta da CGTP, que se inicia esta segunda-feira, será marcada por centenas de acções e de plenários de trabalhadores em todo o país e culmina com uma manifestação nacional da Função Pública, na sexta-feira, em Lisboa.

Apesar do "sentimento generalizado de mais segurança e confiança" face à recuperação de alguns direitos, como a reposição dos feriados, dos salários, o aumento do salário mínimo nacional, a redução da sobretaxa do IRS, a reposição de complementos de reforma, o secretário-geral da CGTP considera que "este é um tempo que justifica uma mobilização nacional contra ingerências de que Portugal está a ser vítima".

A defesa do emprego e o combate à precariedade, a dinamização da negociação na Administração Pública, o fim dos "bloqueios dos patrões" à contratação colectiva, o aumento geral dos salários e a reposição das 35 horas nos sectores público e privado são os "eixos centrais" da intervenção da CGTP ao longo desta semana, segundo Arménio Carlos.

Esta semana de luta nacional, de 16 a 20 de Maio, que termina com uma manifestação nacional de funcionários públicos, não pretende pôr em causa o Governo, mas identificar os problemas dos trabalhadores e dar força aos compromissos assumidos pelo executivo, referiu o sindicalista.

No entender de Arménio Carlos, "a resposta que os trabalhadores da Função Pública vão dar na próxima sexta-feira é a resposta adequada de que os compromissos são para cumprir e que estão disponíveis para fazer tudo, com todos aqueles que estão sintonizados com a concretização da reposição das 35 horas, para obstaculizar às pressões externas ou internas que se venham a verificar para impedir que aquilo que é um dos direitos dos trabalhadores venha a ser concretizado".

Esta semana de luta arranca com uma greve, seguida de uma manifestação dos trabalhadores da Frauenthal Automotive, no Cartaxo, logo na segunda-feira. No dia seguinte, haverá uma concentração de trabalhadores da administração local, em Lisboa e, um dia depois, está prevista uma concentração seguida de manifestação dos trabalhadores do sector têxtil, em Famalicão.

Para quinta-feira está prevista uma greve dos trabalhadores da Portway e da Groundforce, em Lisboa e, no dia seguinte, a semana de luta da CGTP encerra com uma manifestação nacional da Função Pública, também em Lisboa, pela reposição das 35 horas a 1 de Julho, conforme assumiu o Governo.

Ao longo desta semana serão ainda realizados centenas de plenários de trabalhadores, por todo o país, em que serão discutidos cadernos reivindicativos onde constam matérias como salários, combate à precariedade, horários de trabalho, pagamento de trabalho extraordinário e outras exigências dos trabalhadores.

Entre greves, concentrações e paralisações, a CGTP já realizou 59 acções de luta desde 1 de Janeiro deste ano até 11 de Maio último, face às 86 [acções de luta] levadas a cabo pela Inter em igual período de 2015, segundo os dados da central sindical facultados à agência Lusa.

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  • Ana Sara
    22 mai, 2016 Évora 12:23
    Deixei de ser sócia do meu sindicato, assim que percebi que o PCP , é que mandava no sindicato. Em Évora o PCP acabou com os sindicatos todos. Uma senhora do PCP analfabeta e desconhecedora de tudo o que era um sindicato, foi imposta pelo PCP contra a vontade da direção, que protestou contra tal atitude de ingerência do PCP. Resultado: O PCP afastou toda a direção, e deixou essa senhora sózinha a mandar no sindicato.Claro que o sindicato foi pelo cano abaixo, ficou sem praticamente sócios. Quem tem exterminado os sindicatos tem sido o próprio PCP. É que existe muito dinheiro e muitos meios nos sindicatos...tirem as vossas conclusôes...
  • Alberto
    16 mai, 2016 Funchal 22:22
    Com cada vez menos sindicalizados, o Sr. Arménio ou inventa Manifs ou, qualquer dia, tem que ir TRABALHAR!
  • António Abreu
    16 mai, 2016 Cascais 11:00
    Quando os Sindicatos foram criados representavam os reais interesses dos trabalhadores desprotegidos. Sem legislação adequada que os defendesse era a única maneira que tinham de lutar pelos seus direitos. Tudo se deturpou! Foram sendo infiltrados por uma minoria ligada ao Partido Comunista, que os absorveu e os maneja a seu belo prazer. Altos dirigentes bem pagos e bem falantes que fazem greves políticas sem qualquer ligação com os interesses dos trabalhadores que representam. A legislação sobre sindicatos deveria ser revista. Façam um referendo e verão a surpresa que têm.
  • manuel
    16 mai, 2016 porto 10:04
    CGTP CONFEDERACAO GERAL DOS FUNCIONARIOS PUBLICOS

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