11 mai, 2016 - 13:39
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O presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), João Carvalho, defendeu esta quarta-feira, no Parlamento, que o serviço de transporte Uber opera ilegalmente e considerou que "está fora da lei por vários motivos".
"É claro e simples que a Uber está fora da lei. Ou acatamos as decisões dos tribunais ou deixamos de ser um Estado de direito", defendeu o presidente do regulador dos transportes, que na semana passada entregou uma pronúncia sobre a Uber ao Ministério do Ambiente, que tem a tutela do transporte privado de passageiros.
Questionado sobre a operação da Uber em Portugal, João Carvalho disse aos deputados que a única solução é "acatar as decisões do Tribunal", que diz que a plataforma digital "está fora da lei por vários motivos".
"A AMT não pode deixar de olhar de bom grado para estes agentes concorrenciais, mas estamos num Estado de direito" e, por isso, a empresa tem que entrar no quadro legislativo vigente.
A pronúncia da AMT foi entregue na semana passada ao Ministério do Ambiente, que tinha solicitado este parecer ao organismo criado em Julho de 2015.
O Tribunal Central de Lisboa aceitou a 28 de Abril de 2015 uma providência cautelar interposta pela ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros) e proibiu os serviços da aplicação de transportes Uber em Portugal, decisão que foi confirmada pelo mesmo tribunal em Junho.
Depois da Uber, a Cabify
O mercado da mobilidade está em mudança. Foi apresentada esta quarta-feira a versão portuguesa da aplicação Cabify.
A concorrente da Uber promete assumir uma atitude de diálogo e de abertura com todos agentes do sector do transporte privado, respondendo assim à promessa de recurso aos tribunais por parte da ANTRAL.
O serviço da Cabify está disponível, para já, em Lisboa, mas a empresa pretende alargar a oferta a outras cidades, sem revelar quais.