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Acordos à esquerda podem ser estendidos às autárquicas de 2017

06 mai, 2016 - 07:39 • Susana Madureira Martins

Moção que o líder do PS vai levar ao congresso do partido admite um entendimento com forças partidárias de esquerda para as eleições autárquicas.

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António Costa diz que os acordos à esquerda são para cumprir até ao fim e admite "plataformas de diálogo" com outras forças políticas e independentes nas próximas eleições autárquicas. Estas são algumas das ideias defendidas na moção que o líder socialista leva ao congresso do partido, que se realiza entre 3 a 5 de Junho, em Lisboa.

Depois dos avisos do Bloco de Esquerda, a moção de António Costa fala dos acordos à esquerda considerando que dão ao actual governo uma solidez porventura maior do que a de alguns governos de coligação com maioria absoluta e que enfrentaram crises "irrevogáveis".

A moção admite implicitamente que essa solidez pode estender-se às eleições autárquicas de 2017, altura em que poderão ser estabelecidas plataformas de diálogo com outras forças políticas, independentes e movimentos de cidadãos, abrindo assim portas a acordos com o Bloco de Esquerda e o PCP.

Por outro lado, se a esquerda parlamentar exige um governo de confronto com a Europa, Costa avisa que romper com um comportamento subserviente não implica uma atitude de confronto com as instituições europeias, mas participar mais activamente no projecto europeu.

A moção lança ainda um olhar para o passado com críticas a Cavaco Silva. Costa fala do confronto ensaiado pelo anterior Presidente da República com o Parlamento acabado de eleger e o falhanço na sua tentativa de impor uma solução governativa de direita. Já sobre o actual Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, o líder socialista promete prosseguir uma boa cooperação institucional.

A nível interno, Costa quer mexidas no processo de vinculação ao partido, referindo que irá propor à comissão nacional que inicie um processo de remodelação da estrutura partidária que contrarie um modelo de vinculação assente na contribuição financeira e sistema de quotas que têm gerado efeitos perversos.

Comentários
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  • Observador
    06 mai, 2016 Fnc 17:27
    Uma simples perguntinha aos críticos: os acordos à esquerda porventura serão menos válidos, que aqueles feitos à direita? Não! Estes acordos porventura ferem as disposições Constitucionais? Não! Então porquê tanta azia? Vigarice, país pobre, honrar compromissos etc. Não cortar salários, não cortar pensões e reformas, não cortar subsídios etc, etc e ser feita tábua rasa de tudo isto? Onde já se ouviu, viu e constatou tudo isto e não foi propriamente fruto da acção do actual governo do PS? Ora meditemos, um pequenino esforço e logo concluiremos facilmente onde e quando terá sido!
  • Eborense
    06 mai, 2016 Évora 12:32
    Nunca os comunistas e os trotskistas imaginaram ter tanto poder em Portugal. Nem na Coreia do Norte os comunistas já mandam tanto. É claro que Portugal irá pagar e bem!
  • JULIO
    06 mai, 2016 vila verde 09:52
    Para mim esta coisa chma-se vigarista ,mas o povo dorme descansado
  • Carlos Costa
    06 mai, 2016 Santarem 09:32
    Se há coisa que este desgoverno não sabe fazer é honrar compromissos!!!!! Aliás,tambem ninguém esperaria isso do monhé,aliado aos comunas e ao bloco de esterco!!!!
  • Amilcar Afonso
    06 mai, 2016 manteigas 08:29
    O que este derrotado faz para se manter no poder é mesmo impressionante , vai ser a ruina do país enfim pobre país que tem semelhantes governantes.

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