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Fiscalista

Erro na estimativa do IRS é “terceiro-mundista”

05 mai, 2016 - 18:30

Tiago Caiado Guerreiro diz que o Estado vai ficar a ganhar com o engano do simulador de devolução do IRS porque será reduzido o número de pessoas que vão reclamar.

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O fiscalista Tiago Caiado Guerreiro diz que o erro na estimativa de devolução do IRS é “claramente terceiro-mundista”. “A maior parte das pessoas não vai" reclamar "porque tem as suas vidas e vão sair prejudicados”, lamenta o especialista.

“O Estado vai sair beneficiado por induzir as pessoas em erro”, acrescenta Caiado Guerreiro em declarações à Renascença.

O especialista critica que se peça “um rigor enorme aos contribuintes” e depois a “administração tributária, por culpa de um legislador que quer mostrar que faz alguma coisa, acaba por induzir em erro os contribuintes”.

Uma falha no simulador do Portal das Finanças, na entrega do IRS, tem levado algumas pessoas a receber num casos menos noutros mais reembolso do que tinha constado da simulação.

A falha, noticiada pela SIC, abrange, sobretudo, casais que terão optado por entregar as suas declarações separadamente ou em conjunto consoante lhes parecia mais favorável na simulação. Para alguns casais a diferença chegou às centenas de euros.

O Ministério das Finanças esclarece, numa nota enviada à Renascença, que se tratou de uma falha informática no simulador que foi logo corrigida no primeiro dia das entregas.

Comentários
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  • Luís Rodrigues
    07 mai, 2016 Rio Tinto 23:27
    Só para referir que o simulador tem mais erros. Na minha entrega do IRS na 2ª fase (realizada no dia 3 de Maio) pude constatar que no cálculo das mais valias dos valores mobiliários (Anexo G) não foram consideradas pelo simulador as despesas e encargos, quer na simulação em que estudei a opção de considerar o englobamento, quer na opção escolhida como tributação autónoma. Espera-se que o programa oficial de cálculo de apuramento do IRS não enferme dos mesmos erros que o simulador.
  • João Rodrigues
    06 mai, 2016 Pereira 22:21
    A nova declaração de substituição (submetida em 30 de Abril em conjunto com a minha mulher) não anulou as anteriores submetidas de forma individual, e ao fim de dois dias surgiu como errada por já existirem declarações anteriormente submetidas de forma individual. Após contactar a AT disseram-me ser necessário deslocar-me à repartição de finanças da minha residência (Montemor-o-Velho) para solicitar a anulação das submetidas individualmente, que era o mais vantajoso para nós segundo o simulador no dia 1 de Abril. Fui à repartição de finanças de Montemor-o-Velho e disseram-me que sem cópia da certidão de casamento não anulam as primeiras declarações submetidas individualmente, portanto, o erro é das finanças, mas complicam ao contribuinte a resolução do mesmo. Sendo o erro das finanças, não compreendo porque não aceitam a declaração de substituição feita online e obrigam a ter que se fazer na repartição de finanças da nossa residência um requerimento, e ainda por cima solicitam uma cópia da certidão de casamento, quando eles sabem perfeitamente qual o nosso estado civil, até porque, nas declarações individuais iniciais consta o NIF do cônjuge.
  • joao
    06 mai, 2016 Aveiro 19:45
    Infelizmente eu não vou poder reclamar, pois estou desempregado e sem rendimentos e por isso não posso receber nada, mas também paguei IVA como todos os contribuientes,... mas não sou como todos os contribuientes, pois não tenho rendimentos mas tenho de pagar iva mas nao vejo nada ... Só mesmo quem ganha muito é que pode receber mais porque o IVA a eles já interessa. Para que pedir factura.???
  • Anónimo
    05 mai, 2016 Sintra 22:06
    OH, sr. António Ferreira e Dona Maria, ou Dona Maria e sr. António Ferreira (escolham a ordem que acharem politicamente mais correcta), então Vexas não sabem que estas coisas ficaram definidas na Lei do OGE para 2015 e que o desenvolvimento desta aplicação deve ter começado muito antes dos culpados que apontam ser responsáveis por ela? E, se é certo que foram os responsáveis pela recolha de dados e simulação, cabe nas vossas doutas cabeças que houve uma decisão política para originar este erro? Critiquem, digam mal, mas façam-no com um mínimo de pés-e-cabeça.
  • M.
    05 mai, 2016 Algures 21:59
    Passa-se com o IRS e com o IVA é uma vergonha estado corrupto para com os contribuintes eu de IVA tenho a receber e não só eu mandou-se o que pediam e nada já lá vai meses já perdi a conta todos iguais perdi completamente a honestidade deste governo do srº Costa pague o que deve aos contribuintes estado sem vergonha (já sei que não vai ser publicado apanágio da renascença mas fica a intenção)
  • fernando pereira
    05 mai, 2016 braga 21:53
    Esta situação foi estudada, analisada... por quem sabe mexer nos bolsos dos outros. Como é que se diz lá na minha terra? como é?! Esperteza saloia.
  • joão
    05 mai, 2016 Lisboa 21:16
    Estado não, há que responsabilizar os culpados! Uma falha inaceitável também na tal lei-código do IRS, mal feita, só mais uma situação abaerrante que se passa nessas finanças/autoridade tributária prepotentes: muitos contribuintes, como chamam, ou "sujeitos passivos" têm o domicílio fiscal numa casa principal que até poderá ser sua, mas por muitas razões, profissionais, ainda por cima nos tempos abandalhados de agora, são obrigados a ir trabalhar para outras zonas e arrendar, sem subsídeos (não são boys nem pertencem à corja politiqueira) uma casa, com declaração às tais finanças, para habitação permanente, tudo declarado no tal portal. Acontece que pelo simples fato de a morada fiscal estar na casa "principal", para evitar estar sempre a alterar, cada vez que mudam de casa, o tal "domicílio fiscal", perdem o direito ao benefício, são prejudicados, porque não recebem cerca de 570 euros de dedução! Ou seja, mais vale não declarar contrato nenhum, faze-lo, mas não exigir recibo, o senhorio baixa o preço e beneficiam ambos! É isso que as finanças incentiva!
  • António
    05 mai, 2016 Almada 21:06
    Eu só não percebo o porquê de tanto alarido, uma vez que o que deve prevalecer é o que consta da declaração preenchida pelo contribuinte e não o que consta da simulação, que é, apenas e só isso, uma simulação. Logo, todos estamos sujeitos a que não corresponda exatamente ao que esperamos vir a receber ou pagar.. Isso mesmo já aconteceu comigo várias vezes, em que o reembolso não é exatamente ao simulado, embora com pequenas diferenças.
  • Maria
    05 mai, 2016 Viseu 21:01
    E ainda se dizem governo socialista ;mais justas com as classes desfavorecidas ,olha se não fossem!!!!!!
  • NL
    05 mai, 2016 Ermesinde 20:50
    O PS (e partidos que apoiam o governo PS) nada tem que ver com os crimes cometidos pelo anterior governo. Esse governo de criminosos PSD/CDS é que devem responder, perante o Tribunal Constitucional pelos desmandos, com a conivência de Cavaco Silva, que fizeram contra os direitos de quem sempre cumpriu a lei. Salazar, apesar de fascista, não foi, no seu fascismo, mais longe do que os criminosos nazis do PSD/CDS.

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