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“Operação Matrioskas”. Três arguidos ouvidos em tribunal para conhecer medidas de coacção

05 mai, 2016 - 07:51

Em causa estão suspeitas da prática de crimes de fraude fiscal, associação criminosa, branqueamento de capitais, corrupção e falsificação de documentos.

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O presidente da SAD da União de Leiria, Alexander Tolstikov, um assessor deste empresário russo e o director financeiro da mesma sociedade vão ser presentes, esta quinta-feira, a primeiro interrogatório judicial.

A Procuradoria-Geral da República anunciou que os três arguidos serão presentes a um juiz, no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, para que sejam aplicadas as medidas de coacção.

Em causa estão suspeitas da prática de crimes de fraude fiscal, associação criminosa, branqueamento de capitais, corrupção e falsificação de documentos, referia uma nota da PGR.

As detenções ocorreram no âmbito da “Operação Matrioskas”, que conta com mais três arguidos: a SAD e o clube da União de Leiria e um advogado com escritório em Lisboa.

Os três suspeitos foram detidos na noite de terça-feira, horas depois de as autoridades terem realizado buscas às SAD (Sociedades Anónimas Desportivas) da União Desportiva de Leiria, do Sporting e do Benfica, e no estádio do Sporting de Braga.

Entretanto, na quarta-feira, a Europol anunciou que esta operação permitiu desmantelar uma presumível célula de uma importante rede mafiosa russa, responsável pelo branqueamento de "muitos milhões de euros" desde 2008.

O Serviço Europeu de Polícia, com sede em Haia, explica que a forma de actuação do grupo criminoso consistia em identificar clubes de futebol na União Europeia em dificuldades financeiras, "infiltrando-os" através de "benfeitores".

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