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Cibercrime. PJ faz buscas relacionadas com ataques informáticos ao Estado

04 mai, 2016 - 09:24

"Operação Careto 2" teve início às 7h30 em várias zonas do país, incluindo Lisboa e zona norte.

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A Polícia Judiciária e o Ministério Público (MP) estão a realizar buscas relacionadas com o cibercrime. As operações tiveram início às 7h30 em várias zonas do país, incluindo Lisboa e zona norte, no âmbito de uma investigação relacionada com ataques aos sistemas informáticos do Estado.

De acordo com a nota enviada à Renascença pela Procuradoria Geral da República (PGR), estão em curso 16 buscas domiciliárias, "em vários locais do país, designadamente na Grande Lisboa". "Em causa estão crimes de acesso ilegítimo, de dano informático, de sabotagem informática e ainda de associação criminosa", acrescenta a nota.

Os ataques que estão a ser investigados incluem os mais recentes, verificados a 25 de Abril de 2016.

A Judiciária confirma a “Operação Caretos 2” de combate à criminalidade informática e tecnológica.

“A acção policial consubstancia-se na realização de buscas e na identificação e localização de suspeitos, os quais se encontrarão envolvidos na prática de crimes de sabotagem informática (“DDoS”), de dano informático (“defacing”), de acesso ilegítimo (“hacking”) e de acesso indevido (“exfiltração de dados”), cometidos contra diversos sistemas informáticos do Estado Português e de empresas relevantes do sector privado”, lê-se no comunicado da PJ.

A Sic Notícias fala em 16 arguidos.

Pirataria em 2015

Em Fevereiro de 2015 a PJ deteve oito pessoas, entre os 17 e os 40 anos, por pirataria informática.

Os detidos eram suspeitos da prática dos crimes de sabotagem informática, dano informático, acesso ilegítimo e acesso indevido a diversos sistemas informáticos do Estado e também de empresas do sector privado.

As detenções ocorreram após a Directoria de Lisboa da PJ, em articulação com o Gabinete do Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR), desenvolver em vários pontos do território nacional uma vasta operação de combate à criminalidade informática e tecnológica, designadamente à actividade ilícita conhecida como "hacktivismo".

Fonte policial revelou, na altura, à Lusa que uma das buscas incidiu sobre o Tugaleaks, que se apresenta como um órgão de comunicação social inspirado no Wikileaks.

Os detidos residiam nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e pertenciam ao Anonymous Portugal e a outros grupos associados.

Segundo a PJ, a investigação iniciou-se em Abril de 2014.

[notícia actualizada às 11h40]

Comentários
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  • GroundZero
    04 mai, 2016 Grenoble 14:08
    Será que lá está o "SOCRATES"? Estes "Script Kiddies" dos Anonymous se fossem bons provavam a existência ILEGAL de câmeras de vigilância na Associação Criminosa FEUC...isso sim! E pq não... que a eleição reitoral ocorrida em 2011, na supra referida "PCE" e Associação Criminosa Universidade de Coimbra foi uma FRAUDE!
  • luis
    04 mai, 2016 lx 12:18
    Devem achar que os piratas informáticos se deixam apanhar com facilidade. Vai tudo corrido a TIR (Termo de Identidade e Residência) e como já foi aqui dito, passados largos meses é tudo arquivado, fazendo com que "a montanha parisse um rato". Sem qualquer dúvida, o MP (Ministério Público) é uma mais valia para o país!!!!
  • fields
    04 mai, 2016 lx 11:19
    Possíveis nomes para esta operação: "Operação montanha que pariu um rato" ou "Operação mãos a abanar" ou "Operação desperdício de combustível", entre outros nomes pomposos!
  • André
    04 mai, 2016 Lisboa 10:11
    Será que vão visitar os agentes do CDS? É que o partido gastou quase 5 milhões de euros em "operações de redes sociais" só em 2015. Mais do que gastaram todos os outros partidos somados.

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