03 mai, 2016 - 19:56
O líder de um grupo de extremistas judeus foi condenado a prisão perpétua pelo seu envolvimento no rapto e homicídio de um jovem palestiniano, em Israel, em Julho de 2014.
Yosef Chaim Ben-David, de 31 anos, é acusado de ter liderado o grupo que raptou Mohammed Abu Khdeir, que na altura tinha 16. Khdeir foi torturado, forçado a engolir gasolina e depois queimado, num mato.
O homicídio de Khdeir foi mais um passo numa escalada de violência entre israelitas e palestinianos em 2014. Os extremistas judeus agiram em retaliação pelo rapto e posterior homicídio de três jovens israelitas por militantes palestinianos.
A reacção palestiniana acabou por redundar numa nova guerra em Gaza que durou quase dois meses e causou muitos mortos e destruição.
Os dois cúmplices de Ben-David já tinham sido condenados em 2015, um a 27 anos de prisão e outro a prisão perpétua, mas o cabecilha tentou declarar-se inimputável por razões psiquiátricas, mas o tribunal recusou o argumento.
Depois de lida a sentença, o condenado leu uma declaração em que se afirmou arrependido pelos seus actos e pediu perdão pelo assassinato.