Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Colégio Militar. Exército garante que houve assédio homossexual

03 mai, 2016 - 18:53

O episódio, descrito como sendo de afectos homossexuais, foi mais do que isso, diz o director de Educação e Doutrina do Exército.

A+ / A-

O director de Educação e Doutrina do Exército, major-general Fernando Coias Ferreira, diz que o caso do aluno homossexual que saiu do Colégio Militar não foi motivado por afectos homossexuais, mas por assédio homossexual.

Na subcomissão parlamentar para a Igualdade e Não Discriminação, os deputados discutiram a polémica do Colégio Militar. Um aluno foi excluído do colégio lisboeta depois do que foi descrito como um episódio de "afectos" de natureza homossexual.

“Ele não foi excluído por um simples afecto. Foi excluído porque houve uma situação de assédio sexual. Essas situações são consideradas faltas muito graves no regulamento. Esse aluno foi sujeito a um processo disciplinar”, disse Coias Ferreira.

“Nesta situação, que não é apenas de um aluno que expressou a sua orientação sexual, os respectivos pais chegaram à conclusão que era melhor retirá-lo do colégio sem que fosse decidido se seria transferido”, acrescentou.

Depois das palavras do responsável do Colégio Militar, a deputada Isabel Moreira acusou o director de Educação e Doutrina do Exército de denunciar um crime público.

“O major-general disse que o caso de afectos é de coacção sexual e, se assim foi, é preciso saber que idade tinha o aluno porque isso é gravíssimo. A ser verdade, é um crime público o que aqui foi denunciado”, defendeu a deputada do PS.

O responsável do Exército garante que a instituição estará aberta a mudanças e recomendações na sua actuação se for necessário. Coias Ferreira adianta que tudo irá depender do resultado da inspecção a que o Colégio Militar está ser sujeito depois das notícias de alegada discriminação sexual.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • desiludido
    04 mai, 2016 Santarém 22:22
    Onde haveria de chegar a discussão sobre homossexualidade no Colégio Militar! A meu ver o melhor que os senhores superiores das Forças Armadas fariam era porem à disposição do governo e de toda a falange partidária que o apoia os lugares que ocupam e estes que entregassem as Forças Armadas à sociedade homossexual que esses partidos tanto aprovam e apoiam na AR, já basta de polémica e tantos ataques tanto às Forças Armadas como à sociedade portuguesa e seus valores.

Destaques V+