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​Morreu o mestre Querubim Lapa

02 mai, 2016 - 23:33

Natural de Portimão, foi pintor, desenhador, escultor e ficou sobretudo conhecido como ceramista. Fazia parte da geração que participou na revolução modernista.

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Morreu o mestre Querubim Lapa, um homem multifacetado que dedicou a vida à pintura, escultura e à cerâmica.

O artista plástico faleceu aos 90 anos depois de ter sido internado na sequência de complicações respiratórias.

Natural de Portimão, Querubim Lapa fazia parte da geração que participou na revolução modernista.

As obras do artista estão presentes em muitos edifícios públicos e privados.

O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, já lamentou a morte de Querubim Lapa, que considerou "um dos grandes artistas da terceira geração do modernismo português" e "uma das maiores referências da prática cerâmica".

"Fez parte do movimento neorrealista nos anos 40 e afirmou-se como uma das maiores referência da prática cerâmica, sem nunca abdicar do universo criativo da pintura", refere, em comunicado, o ministro da Cultura.

Castro Mendes sublinha que os painéis produzidos para vários locais públicos "ficam como legado de grande dimensão histórica e artística do século XX português".

"O seu trabalho como artista teve ainda uma dimensão exemplar em matéria didáctica e pedagógica, tendo leccionado na escola António Arroio e ensinado várias gerações de artistas", acrescentou.

Em declarações à Renascença, o administrador da Fundação Gulbenkian, Guilherme d’Oliveira Martins, destaca uma das obras mais marcantes de Querubim Lapa, um “painel que se encontra na Escola de artes decorativas António Arroio, onde foi um dos alunos mais distintos”.

“Trata-se de um motivo abstracto, como Querubim Lapa sabia muito bem tratar, e era a ligação muito estreita entre a forma e a cor”, sublinha Oliveira Martins.

De Querubim Lapa ficam muitas recordações e memórias de uma “personalidade extremamente cativante”.

“É um artista multifacetado que tive o gosto de conhecer muito bem no Ministério da Educação. Trabalhou no meu gabinete e teve um papel extraordinário na valorização das escolas, do espaço urbano. Foi um pintor, um desenhador, um escultor, foi sobretudo conhecido como ceramista”, sublinha Oliveira Martins.

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