02 mai, 2016 - 13:13
Veja também:
Os donos de prédios em Berlim já não podem arrendar a propriedade inteira através de serviços como o Airbnb. A decisão está em vigor desde domingo e tem como objectivo travar o aumento das rendas para moradores na capital alemã.
As autoridades alemãs temem que a tendência para pôr prédios inteiros ao serviço do arrendamento turístico de curta duração está a limitar a oferta de habitações para os cidadãos locais e a aumentar as rendas.
A lei foi aprovada em 2014, mas previa um período de transição de dois anos que terminou no sábado. Os infractores enfrentam multas que vão até aos 100 mil euros.
Segundo o jornal britânico “The Guardian”, as rendas aumentaram 56% em Berlim entre 2009 e 2014, mas são ainda baixas quando comparadas com outras grandes cidades europeias.
A nova lei é um “instrumento necessário e sensato contra o arrendamento de curta duração”, disse Andreas Geisel, responsável pelo desenvolvimento urbano de Berlim, citado pelo “Guardian”. “Estou absolutamente determinado a devolver esses apartamentos mal utilizados às pessoas de Berlim e aos novos habitantes.”
As autoridades berlinenses apelaram aos “espírito cívico” dos moradores, pedindo que denunciem, de forma anónima, senhorios suspeitos de violarem a lei.
A Airbnb alemã afirmou que Berlim deve seguir os exemplos de “grandes cidades como Paris, Londres, Amsterdão e Hamburgo e criar regras novas e claras para pessoas normais que querem partilhar as suas casas”.
O serviço Wimdu avançou para a justiça, considerando que a lei viola a Constituição de Berlim. Já os donos do 9Flats afirmaram ao jornal “Frankfurter Allgemeine Zeitung” que esta lei pode levá-los à “bancarrota”.