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Jerónimo de Sousa. Avanços "ainda não são suficientes"

01 mai, 2016 - 18:15

Líder comunista lembra que os trabalhadores ajudaram a derrubar o Governo de direita, mas que agora não se pode “esmorecer a luta”.

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defende que a solução política de Governo que permitiu repor direitos e salários "não vem travar ou esmorecer a luta", afirmando que os avanços "ainda não são suficientes".

"Foram os trabalhadores portugueses, com a sua luta prolongada durante quatro anos, que deram uma contribuição decisiva, para a derrota do governo PSD/CDS. Foi uma luta que teve depois aliado o voto da maioria dos portugueses que afastou definitivamente esse governo e encetou uma nova solução política que, ao contrário do que se diz, não vem travar ou esmorecer a luta", afirmou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista falava aos jornalistas antes de integrar o desfile do 1.º de Maio, promovido pela CGTP, quando a manifestação ia meio da avenida Almirante Reis, em Lisboa.

"Os avanços verificados, sendo importantes - e não desvalorizamos-, não são suficientes, são limitados. O resultado das eleições, a partir dessa luta, para além desse avanço de direitos, de salários, abriu uma janela de esperança a quem tanto lutou", defendeu Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP, acompanhado por dirigentes comunistas como Francisco Lopes, sublinhou esses avanços, concretizados na "reposição de direitos, de salários, de prestações sociais", depois de um executivo PSD/CDS que "infernizou a vida dos portugueses".

"Nesse sentido, este maio de luta é também um maio de festejo, de celebração, de confiança no futuro", disse.

Jerónimo de Sousa defendeu que "a solução política será tanto mais duradoura conforme se responda aos anseios dos trabalhadores e do povo português".

"Este Governo pode ser mais duradouro, corresponder a expectativas, se em relação a esses direitos, em relação a essa esperança, corresponder com a sua política", afirmou, sublinhando que "a posição conjunta PS/PCP define o grau de compromisso".

"Estamos empenhados seriamente para que as coisas andem para a frente, mas como sabem, há divergências, há diferenças, que podem determinar muito do futuro. Mas o nosso posicionamento é claro: esse grau de compromisso será honrado pelo PCP, afirmando a nossa autonomia, as nossas diferenças, mas acho que isso é salutar, porque não há engano de qualquer uma das partes", acrescentou.

Comentários
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  • Marco
    02 mai, 2016 Carcavelos 00:19
    É essencial os partidos da esquerda manterem-se unidos para a direita ter menos possibilidades de voltar a ser governo. Nunca pensei que isto fosse possível, PCP e PS juntos com um compromisso de governação para uma legislatura. A democracia saiu a ganhar com este entendimento. Viva o 1.º de Maio!
  • Carlos Costa
    01 mai, 2016 Santarem 19:39
    Claro que os avanços ainda não são suficientes mas,com este governo,apoiado pelos comunas e pelo bloco de esterco,continuamos a avançar rumo a nova..........banca rota!!!!!! Este avanço está mais do que garantido!!!!
  • Jorge
    01 mai, 2016 Coimbra 19:32
    Ao fim de muitos anos de comunista estou a ficar desiludido com este conformismo! Avanços? Meu caro (ou ex) camarada Jerónimo, não noto nada!

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