01 mai, 2016 - 09:17 • Olímpia Mairos
S. Martinho de Anta, no concelho de Sabrosa, acolhe pelo segundo ano consecutivo, entre 4 e 7 de Maio, o festival literário Encontradouro, numa edição que pretende unir dois patrimónios da Humanidade: o Douro e o Fado.
O festival duriense surge mais uma vez por iniciativa de Francisco Guedes, autor e organizador que está na origem de eventos literários já consagrados como as Correntes d’Escritas ou o Literatura em Viagem (LeV), em parceria com a Câmara de Sabrosa e a Comunidade Intermunicipal do Douro - CIM Douro.
Na sua segunda edição, o Encontradouro propõe-se “divulgar a região, a literatura e, numa visão mais vasta, a cultura portuguesa”.
É por isso que, segundo Francisco Guedes, “a maioria dos convidados são escritores em início de carreira, mas nem por isso menos importantes, que nos trazem uma visão mais jovem e actual sobre a vida”.
Durante quatro dias, cerca de trinta escritores portugueses e estrangeiros estarão no Espaço Miguel Torga a debater sobre cinco temas.
O espanhol José Manuel Fajardo, a cubana Karla Suarez, o mexicano Antonio Sarabia e o timorense Luis Cardoso são alguns dos autores do panorama internacional que vão marcar presença.
Entre as actividades destacam-se os debates, a feira do livro e uma exposição.
À semelhança do ano transacto, uma das grandes apostas da iniciativa será a visita dos escritores às escolas do concelho de Sabrosa, tratando-se de “um público futuro” que a organização “pretende conquistar”.
O festival arranca no dia 04 de Maio com uma conferência de Miguel Real sobre a escrita intemporal de João Araújo Correia. No segundo dia terá lugar a conferência de abertura do Encontradouro, à qual se segue a inauguração da feira do livro e da exposição de fotografia de Georges Dussaud.
Entre 05 e 07 de Maio vão estar em cima das mesas-redondas temas como “Qual o lugar da Literatura no conhecimento do mundo?”, “Não se vive impunemente, não se escreve impunemente”, “Poesia com fado dentro”, “Os livros têm Homens dentro” e “Se não há gozo a Literatura é uma actividade insuportável”, num debate que a organização espera “vivo e inovador”.
A conferência de encerramento está a cargo de Francisco Seixas da Costa.