28 abr, 2016 - 23:40 • Paula Caeiro Varela
O Governo aprovou as versões finais do Programa de Estabilidade e do Programa Nacional de Reformas e quer arrecadar mais 300 milhões de euros no próximo ano com aumentos de impostos indirectos e gastando menos dinheiro com prestações sociais.
Mas que impostos são esses? Mário Centeno, ministro das Finanças, achou que a conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros não era o local próprio para responder às dúvidas dos jornalistas.
Primeira, onde serão os cortes na despesa para cumprir a meta do défice no próximo ano?
“É uma matéria de muito detalhe. Peço-lhe desculpa mas mais detalhe numa conferência de imprensa desta natureza sobre essa matéria não me parece apropriado”, disse.
Outra pergunta: o documento hoje entregue pelo governo no parlamento prevê 210 milhões de receita extra com impostos indirectos, mas quais?
“O que estamos aí a falar é de uma receita adicional na área fiscal que se vai reger por aquilo que são os princípios fiscais deste Governo. Aliás, há uma secção inteira do programa de estabilidade sobre política fiscal”, acrescenta.
A política fiscal do Governo está claramente definida, insiste o ministro. “Está muito claro qual é o princípio de política fiscal que o Governo vai seguir”, refere Centeno.
O aumento na receita fiscal está lá, mas não é para já e, por isso, para já, o ministro Mário Centeno não explica mais nada.