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Governo espera poupar 100 milhões nas prestações sociais em 2017

28 abr, 2016 - 19:58 • Ricardo Vieira

O anexo "secreto" já não o é. O documento não fala em “cortes”, mas é parco em explicações.

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O Governo divulgou esta quinta-feira um documento que prevê uma poupança de 100 milhões de euros nas prestações sociais no próximo ano e um corte de 2.010 milhões de euros no défice até 2020.

As metas do executivo de António Costa estão inscritas num anexo ao Programa de Estabilidade, que o primeiro-ministro entregou esta quinta-feira aos partidos.

O quadro agora conhecido mostra que o Governo pretende poupar 100 milhões de euros em prestações sociais já no próximo ano e outros 50 milhões em 2018. Nos dois anos seguintes não está prevista qualquer redução da despesa com apoios sociais.

O documento não fala em “cortes”, mas é parco em explicações. Refere apenas que as poupanças serão alcançadas através de um “maior controlo e combate à fraude”.

Nesta tabela, distribuída pelo Governo depois de o PSD ter questionado o primeiro-ministro sobre um alegado "anexo secreto" do Programa de Estabilidade enviado para Bruxelas, promete à Comissão Europeia que até 2020 vai poupar um total de 2.010 milhões de euros para abater no défice.

O executivo pretende reduzir 1.100 milhões nos consumos intermédios e 1.092 milhões em juros nos próximos quatro anos.

O documento agora conhecido prevê ainda um aumento da despesa do Estado com pessoal de 579 milhões até 2020.

O anexo que já não é "secreto"

A informação foi revelada depois de notícias de que o ministro das Finanças, Mário Centeno, tinha um "anexo secreto para convencer Bruxelas" a aprovar o Programa de Estabilidade.

Confrontado pela oposição durante o debate quinzenal, António Costa disse que “o documento não é secreto”, nem um "mistério".

O anexo é uma página com um quadro onde o Governo identifica “medidas de consolidação orçamental, respectivo impacto no saldo orçamental em cada ano e identificação da rubrica de registo em contabilidade nacional”.

Comentários
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  • Pinto
    29 abr, 2016 Custoias 01:48
    Como podem poupar com tanta fraude e corrupção? Continuam a dar aos mais ricos apesar desses serem os que mais fogem ao fisco.

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