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Ataques aéreos na Síria atingem hospital e matam crianças

28 abr, 2016 - 09:18

ONU pede à Rússia e aos Estados Unidos para unirem esforços e salvarem a trégua acordada na Síria do "colapso total".

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Situação "catastrófica" em Alepo. "Milhões de pessoas estão em risco"
Situação "catastrófica" em Alepo. "Milhões de pessoas estão em risco"

Bombardeamentos aéreos sobre o hospital de al-Quds, na cidade síria de Alepo, mataram pelo menos 27 pessoas, incluindo três crianças e o último médico pediatra da cidade.

A notícia foi avançada à agência Reuters pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos esta quinta-feira.

De acordo com a organização sediada em Inglaterra, durante os últimos seis dias em Alepo morreram 84 civis em ataques aéreos por parte das forças governamentais.

Morreram também 49 civis durante bombardeamentos por parte de rebeldes a zonas controladas pelo regime.

O mediador das Nações Unidas nas negociações de paz na Síria, Staffan de Mistura, pediu à Rússia e aos Estados Unidos para unirem esforços e salvarem a trégua acordada no país do "colapso total".

Staffan de Mistura disse que para ser convocada nova ronda de consultas é preciso que "o cessar das hostilidades na Síria volte aos níveis de Fevereiro e Março".

Segundo revelou, após a entrada em vigor da trégua, a 27 de Fevereiro, o número de mortes em combates na Síria caiu para nove a dez por dia, mas "nas últimas 48 horas, é assassinado um sírio a cada 25 minutos".

O representante da ONU acrescentou que só anunciará uma data para a nova ronda de negociações quando a situação de segurança melhorar na Síria.

O conflito sírio causou mais de 270 mil mortos e vários milhões de deslocados desde 2011.

Síria. Criança resgatada dos escombros de um hospital bombardeado em Alepo
Síria. Criança resgatada dos escombros de um hospital bombardeado em Alepo
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  • António Costa
    28 abr, 2016 Cacém 16:34
    As pessoas não são números .... e não são de fato. Mas há números que fazem refletir. Em cinco anos de conflito, 270 mil mortos, num país com 3X a população portuguesa, seria em Portugal uma guerra com quase 100 mil mortes. Com toda a destruição e vandalismo relatados, num país que tinha vivido "relativamente em paz", até à poucos anos.... Mas, queria aqui referir os "só" 800 mil mortos do genocídio do Ruanda. Em 1994, em "apenas" 3 meses, perante a indiferença quase total da comunidade internacional. Talvez por as pessoas não serem números, as pessoas só são vitimas quando se encontram em solo Europeu. Fora da Europa, os milhares de mortos, pessoas assassinadas das maneiras mais bárbaras e cruéis, não contam. Só contam os que fogem para solo europeu. Mesmo se forem assassinos. O Ruanda não fica em "Marte", fica em África e tem uma dimensão "próxima" da portuguesa. Todas as guerras são uma tragédia mas há tragédias e tragédias.
  • Francisco de Vasconc
    28 abr, 2016 Parede 11:40
    Tenho muita pena que os rebeldes da Siria, segundo parece largamente apoiados pelo Ocidente, estejam a realizar o genocídio dos cristãos na região. E tenho muita pena do silêncio ensurdecedor que sobre esta matéria ouvimos em todo o lado.

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