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Reportagem

Passageiros dão nota positiva à ponte aérea Porto-Lisboa

27 abr, 2016 - 09:12 • André Rodrigues

A Renascença esteve no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, para falar com quem já está a usufruir das vantagens do reforço de ligações com a capital.

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Mais rápida, confortável e com uma boa relação qualidade-preço. Um mês depois do início da operação, os utilizadores da ponte aérea da TAP entre Porto e Lisboa dão nota positiva ao novo serviço da transportadora aérea nacional.

José Peres despacha a bagagem no balcão 19 do check-in do aeroporto Francisco Sá Carneiro. "Vou para Dakar via Lisboa", diz à Renascença este economista, que "dantes ia para Lisboa pela Ryanair".

De carro? "Nem pensar. Só a portagem sai mais cara que o bilhete de avião" que custa 39 euros. E os voos são de hora a hora, "por isso tenho solução para todo o dia". Com um senão: "à noite o último avião sai de Lisboa por volta das dez e meia”. “Se eu chegar mais tarde - como aconteceu há uma semana no regresso de Bissau - já não tenho avião". Há uma semana, José regressou ao Porto de autocarro.

Mais atrás na fila de check-in está Cristina Pinheiro. Ponta Delgada é o destino desta administradora de uma empresa do ramo da saúde. O voo sai da Portela a meio da manhã e não há tempo a perder. Antes da ponte aérea "utilizava o comboio. Hoje já não compensa". Além disso, o avião tem outras vantagens: "é muito mais rápido e posso levar tudo o que quiser comigo".

Também a caminho dos Açores, Paulo Fonseca, advogado, tem uma diligência judicial às duas da tarde. Confessa que, "pontualmente, a ponte aérea compensa”. “Hoje, por exemplo, tenho uma diligência no tribunal de Ponta Delgada às duas da tarde". Se não tivesse ponte aérea teria de pernoitar em Lisboa para apanhar o avião bem cedo para os Açores. "Assim é muito mais interessante", diz.

A TAP estima que, durante o primeiro mês de operação, a ponte aérea tenha transportado 52 mil passageiros com os voos a registarem uma taxa de ocupação da ordem dos 65%. Para os passageiros, a percepção é de que os voos levam sempre muita gente.

À espera de voo para Lisboa, de onde seguirá para Nova Iorque, Carla Abreu, investigadora na área do cancro da mama a trabalhar nos Estados Unidos, já fez esta ligação várias vezes. Diz que "esta espécie de autocarro aéreo vai sempre cheio".

Uma percepção partilhada por João Cunha. À Renascença, este farmacêutico diz que já utilizou este serviço "por duas vezes neste último mês e o avião estava sempre cheio". E admite que "hoje não será excepção".

A 27 de Março, a TAP duplicou as ligações aéreas entre Lisboa e o Porto, passando a ter 18 ligações diárias em cada sentido. Este reforço da operação entre Lisboa e o Porto coincidiu com o fim de quatro rotas para destinos europeus, consideradas deficitárias pela companhia: Barcelona, Bruxelas, Milão e Roma a partir do Porto.

Comentários
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  • Manuel Simao
    28 abr, 2016 Porto 18:35
    Desde que a TAP seja auto-suficiente, tudo bem, levem lá os aviões para Lisboa. O pior é que vamos ter que continuar a pagar a factura destas brincadeiras. Há muitos Zeinal Bavas em Lisboa.
  • Anónimo
    27 abr, 2016 Porto 14:02
    Duplicou o número de ligações? Visto os aviões a hélice utilizados terem muito menos lugares do que os A320 e A319, qual é a variação do número de lugares disponíveis?
  • Ze
    27 abr, 2016 Lisboa 13:48
    3h de viagem + 22 euros só para as portagens fora o desgaste... não obrigado vou de avião. Obrigado TAP excelente serviço! Agora demoro 30 minutos e o bom mesmo é que às sextas janto em casa! E posso sair de casa segunda feira...
  • Anónimo
    27 abr, 2016 Porto 13:18
    65% de ocupação é sucesso? Qual era a ocupação das rotas descontinuadas? Respondam por favor!
  • mf
    27 abr, 2016 porto 12:26
    Ponte aérea eficiente? Estão a brincar. Se quiser viajar para Roma no primeiro voo da manhã, que sai de Lisboa, tenho de ir no dia anterior, porque o aviãozinho da TAP chega dez minutos antes do outro partir. Antes viajava para Roma a partir do Porto e nunca foi o avião vazio. Agora tenho de vir para Lisboa, ficar num hotel e no dia seguinte apanhar o avião. Mas isto não importa à TAP. O passageiro que se safe e à boa maneira portuguesa também como colectivo queremos lá saber. Deixamos o Presidente da Câmara do Porto a falar sozinho e ainda dizemos que anda em campanha. Somos mesmo bronquinhos!!! Mas assim a defendemos muito bem os nossos interesses!!!!!
  • J. Oliveira
    27 abr, 2016 11:48
    Quando forem fazer um inquérito a aqueles que deixaram de ter voos diretos do Porto, quer por cancelamento de voos que por diminuição de frequências, e que agora são obrigados a ir a Lisboa para chegarem aos seus destinos, de certeza que a sua opinião não é nada favorável. Perguntar a quem já tinha obrigatóriamente de ir a Lisboa para fazer transbordo para chegar aos seus detinos, claro que estará melhor servido pois tem mais voos. Quero no entanto dizer que as coisas não são assim tão cor de rosa. Vejam por exemplo os atrasos nos voos e as perdas de ligação que existem em Lisboa Sei do que falo pois trabalho numa agência de viagens.
  • manel
    27 abr, 2016 lisboa 11:46
    Cheira-me e muito, a notícia encomendada.
  • joao
    27 abr, 2016 faro 11:12
    E nos aqui no Algarve ainda tivemos um cheirinho de voos para Lisboa pela Ryanair mas os interesses vieram a cima e acabaram logo, assim a CP perdia uma bela fatia. Aqui para o sul é sempre o atraso de vida.......enfim
  • melough
    27 abr, 2016 Faro 11:12
    Claro..quanto mais viagens disponíveis e a preços bem mais reduzidos é sempre positivo para qualquer passageiro. A propósito, se perguntarem a qualquer cidadão (não aos taxistas) a resposta será idêntica. Quer-me parecer que foram os serviços de Marketing da TAP que encomendou essa estatística...
  • Elvira
    27 abr, 2016 Braga 11:07
    Que bom ver aqui tantos burros a comentarem... pena não serem burros de carga porque assim ajudavam com as bagagens. Se as pessoas estão no check in é porque usam o servico... e se usam é porque é um sucesso. Quem não usa não interessa para a reportagem. Aliás, lendo a reportagem vemos que a maioria das pessoas dantes não usavam o avião mas agora usam. Uma taxa de 65% é bom, dado que é como um autocarro a serio, nas horas de ponta viaja mais cheio, e nas outras vai mais vazio.

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