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Deputada do CDS saúda recuo do BE e pede debate sereno

26 abr, 2016 - 10:54 • Eunice Lourenço

Petição pelo “Direito a uma morte digna” entra esta terça-feira no Parlamento, mas Bloco não apresenta para já projecto de lei

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Um “debate sereno” é o que pede Isabel Galriça Neto, a deputada do CDS e especialista em cuidados paliativos, que tem ocupado a linha da frente contra a legalização da eutanásia. A petição “Pelo direito a morrer com dignidade” é entregue esta quinta-feira á tarde no Parlamento, dando assim início ao processo parlamentar.

O Bloco de Esquerda já esclareceu que não vai apresentar para já um projecto de lei próprio, mas vai aproveitar o debate sobre a petição. “A petição é importantíssima, usaremos o debate da petição para ouvir o máximo de pessoas, para podemos começar a construir um projecto”, disse, na passada terça-feira, a porta-voz do Bloco, Catarina Martins, em entrevista à Renascença.

Galriça Neto saúda esta nova atitude do BE. “Houve claramente uma mudança de posição, saudemos que de facto haja essa mudança a bem de uma ausência de precipitação e uma agenda que se quer empurrar e que é contrária aos interesses dos portugueses”, disse a deputada à Renascença, pedindo que seja feito “um debate sereno” sobre este tema.

Para a deputada do CDS é preciso “continuar a informar para que as pessoas sabiam que, se são pela liberdade, pela dignidade, têm de ser pela vida e, com isso, têm de ser contra a eutanásia”.

“Se efectivamente acreditam que uma lei destas não traz mais dignidade à sociedade portuguesa, temos de continuar a demonstrar aquilo que se passa em países onde leis como esta estão em vigor – onde não temos casos pontuais, onde temos crianças a serem mortas, onde temos pessoas que não pediram para serem mortas a serem mortas – e, portanto, exige-se a continuação e um debate sereno, que informe toda a gente sobre as consequências da aprovação de uma eventual lei”, acrescenta Isabel Galriça Neto, que apresentou uma moção sectorial ao último congresso do CDS sobre este assunto.

Uma vez entregue no Parlamento, a petição será encaminhada para uma comissão – de momento ainda não está esclarecido se será a comissão de Saúde ou a de Assuntos Constitucionais -, que promoverá o seu debate.

Comentários
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  • José
    26 abr, 2016 lousada 11:55
    Estes Senhores do CDS, ainda se escudam em princípios ideológicos, como os admiro. a coligação perdeu as eleições por meia dúzia de princípios contra os quais não adianta lutar, o tempo se encarregará de os consolidar: redução de feriados (já voltaram); referendo aborto (acabou por ser aprovado) casamento Gay(já oficializado) adoção Gay(em vias de plena oficialização) e outras "imoralidades" que agora já são ou em breve serão "moralidades". com a eutanásia é a mesma coisa, não façam disto cavalo de batalha.

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