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Marcelo condecora pai do Serviço Nacional de Saúde e médico Lobo Antunes

25 abr, 2016 - 19:35

O chefe de Estado explicou que as distinções são o "reconhecimento de carreiras dedicadas ao serviço da liberdade, democracia e Constituição no domínio da saúde".

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O Presidente da República condecorou esta segunda-feira António Arnaut e João Lobo Antunes com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, em Lisboa, sublinhando a importância da efectivação de direitos como a saúde para a existência da verdadeira liberdade.

"Não há verdadeira democracia, como não há verdadeira liberdade, sem a efectivação dos direitos económicos, sociais e culturais. Um deles, cimeiro, é o direito à saúde", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa na sala dos Embaixadores do Palácio de Belém, assinalando novamente os 40 anos da Constituição a República.

O anúncio das condecorações fora feito a 7 de Abril, Dia da Saúde, pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, também presente na cerimónia de Belém, tal como o primeiro-ministro, entre outras figuras.

O chefe de Estado explicou que as distinções são o "reconhecimento de carreiras dedicadas ao serviço da liberdade, democracia e Constituição no domínio da saúde".

Relativamente a Arnaut, Rebelo de Sousa disse tratar-se de um "nome indelevelmente ligado ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), não apenas como [deputado] constituinte, mas também como governante e paladino ao longo de décadas na defesa daquilo que é a efectivação de um direito fundamental dos portugueses".

"[Lobo Antunes] Tem sua pesquisa, ensino, prática, magistério pessoal e institucional ligados ao domínio da saúde, contribuindo de forma relevante e com excelência também para a efectivação deste direito fundamental", segundo o Presidente da República.

A Ordem da Liberdade distingue serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e à causa da liberdade, considerados cumpridos pelo ex-ministro socialista, "pai do SNS", e pelo neurocirurgião e ex-conselheiro de Estado de Cavaco Silva.

"Há 12 anos, o Presidente [Sampaio] concedeu-me o grau de grande oficial, também no dia 25 de Abril. Não é por acaso que as coisas acontecem a 25 de Abril. Tem grande significado para mim, sentimental, político, patriótico. Sempre lutei pela liberdade, antes e depois do 25 de Abril", lembrou Arnaut, defendendo que "só há liberdade a sério se o cidadão for libertado do medo do futuro, do medo de procurar cuidados de saúde e não os ter, do medo de querer trabalhar e não ter [como]".

João Lobo Antunes afirmou ter como "contributo para a construção da liberdade neste país, essencialmente, ser um homem livre, mas servo do serviço à nação numa área tão importante e tão frágil como a da saúde".

"O que me enche mais de orgulho foi ter tratado dos meus pares, dos que me procuravam - gente humilde, gente importante -, todos iguais no sofrimento, naquele encontro singular que é a clínica, na procura de um consolo, de uma esperança", congratulou-se.

Comentários
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  • Moisés
    26 abr, 2016 Egipto 19:56
    Que trio tão lindo! Têm a mentalidade desses tristes que vão para a RR censurar comentários. Enfim, é a maçonaria ; uma encapuçada, outra a descoberto. Esperamos , com paciência, a horta de Deus. Boa noite.
  • NOS
    26 abr, 2016 01:07
    O senhor é pai de quem? Que nome estranho, que pai chama Serviço ao filho? Anda cá Serviço? Ou então, lindo Serviço!
  • Paulo Rebelo
    25 abr, 2016 Pedras Salgadas 23:59
    António Arnaut e outros como o Triste Manuel, passaram a vida a ser condecorados, têm o peito cheio de medalhas e é ver o seu ar de deleite e satisfação cada vez que recebem mais uma. A moda depois do 25 de abril, são as cerimónias de condecoração. Tantos portugueses que fizeram o seu trabalho com dedicação e muito suor e nunca alguém se lembrou deles. Portugal é um país cheio de condecorações, galardões, medalhas, títulos honoríficos, e já agora não devemos esquecer os famigerados comendadores que para aí existem aos milhares, recebem uma condecoração do Presidente da República e passam a ser chamados de "Sr comendador." Embora nunca tenha votado em Ramalho Eanes, admiro-o quando há alguns anos quiseram fazer dele marechal do exército e teve a dignidade de recusar. Somos um país de doutores e engenheiros e não largamos a cauda da Europa.

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