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Marcelo relativiza Teodora. “O que nos interessa é a Comissão Europeia"

22 abr, 2016 - 15:31

"Vamos esperar para ver o que é que a Comissão Europeia diz" sobre o Plano de Estabilidade, afirmou o Presidente, que considerou também que o CDS-PP está isolado no Parlamento, mas “no seu direito”.

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O Presidente da República relativizou esta sexta-feira os alertas nacionais do Conselho de Finanças Públicas sobre o Programa de Estabilidade, afirmando que a palavra decisiva, que verdadeiramente importa, é a da Comissão Europeia.

"O Conselho de Finanças Públicas é um órgão muito importante, mas verdadeiramente importante é a Comissão Europeia. Com o devido respeito por esse órgão, o que nos interessa é saber se a Comissão Europeia considera as previsões demasiado optimistas, se aceita ou não os números que são avançados pelo Governo", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Em declarações aos jornalistas, em Évora, o chefe de Estado acrescentou: "Portanto, vamos esperar umas semanas para ver, porque essa a palavra importante. Todas as outras são muito importantes para a nossa reflexão, mas a decisiva é a da Comissão Europeia".

Questionado se considera credíveis os números apresentados pelo Governo, o Presidente da República recusou entrar "na discussão de números" e disse que aguardará pela avaliação da Comissão Europeia. "Nós últimos tempos temos assistido a que ora se entendia que o défice para que se apontava era ainda muito elevado ou baixo demais, ora o crescimento era muito baixo ora alto demais", referiu.

"Vamos esperar para ver o que é que a Comissão Europeia diz", reiterou.

O Conselho de Finanças Públicas alertou na quinta-feira para uma possível revisão das metas orçamentais inscritas no Programa de Estabilidade 2016-2020, considerando que porque as previsões macroeconómicas podem não se concretizar.

Num parecer desta entidade liderada por Teodora Cardoso, é referido que "o conjunto de previsões para o período apresenta um risco de não realização", o que pode "implicar a revisão dos resultados esperados para os objectivos orçamentais".

CDS “isolado no parlamento” mas está no seu “direito”

O Presidente da República considerou também que o CDS-PP está isolado no parlamento na iniciativa de levar a votos uma resolução sobre o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas, mas tem direito a isso.

"Pode não fazer vencimento, um partido isolado no parlamento tem mais dificuldade em fazer vencimento, mas tem direito a ter a sua opinião", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que "a democracia é isso".

Em declarações aos jornalistas, em Évora, no segundo dia de uma visita ao Alentejo, o Presidente da República referiu que "o CDS, ao que parece, é o único partido que quer levar a votos os documentos, mas tem direito a levar a votos".

O chefe de Estado repetiu que os centristas têm direito a "ter a sua atitude", declarando: "Mesmo que todos os outros partidos, de um lado e de outro, tenham dito que discordam, por que é que o CDS há-de concordar com o PS, com o PSD, com o Bloco de Esquerda, com o PCP, com "Os Verdes", porque é que não há de ter a sua atitude?".

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, anunciou hoje em Beja que o seu partido vai levar a votos um projecto de resolução sobre o Programa de Estabilidade e sobre o Programa Nacional de Reformas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou na quinta-feira uma visita de três dias ao interior alentejano, que termina no sábado, em Beja, e que é a primeira edição de uma iniciativa designada "Portugal Próximo".

Comentários
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  • Célio
    29 abr, 2016 Porto 02:55
    O presidente está a fazer um bom trabalho tático, para quem não percebe. Está a colocar serenidade, confiança e verdade nos portugueses, por causa da descaradez de tantos que tentam diariamente em denegrir, envenenar, criar boato, desestabilizar e encravar a vida dos portugueses, desde os marcados ressabiados do psd e cds, até à comissão europeia, até esta senhora com nome de homem que desde há 3 meses que não faz outra coisa senão dizer mal de todo o orçamento, enquanto que no governo anterior, nunca ninguém ouviu falar deste órgão que é “mais um órgão inútil a gastar a dinheiro do contribuinte!”, como disse muito bem o Manuel. Pois eu acho que o presidente faz mais falta assim perto do povo, do que a nanar no palácio ou a desbaratar pelo estrangeiro, como fez o cavaco que foi um despesista compulsivo. O presidente está a ser coerente com o que prometeu – está a trabalhar para a estabilidade social, interferindo imediatamente sobre estas atitudes avulsas de envenenamento político e social, para estancar logo o veneno antes que contamine e estrague as boas tentativas para que as coisas melhorem. Quando já tudo estava um terror, com cavaco e o governo anterior, porque não apareceram estes refilões para os criticar?
  • Eugénio Pinto
    28 abr, 2016 Peniche 09:30
    Impressão minha ou há aqui uns senhores com azia por verem porventura um certo apoio do Senhor Presidente da República ao Governo!.... Se têm azia.... recomendo KOMPENSAN.... e a INVEJA é muito feia!...
  • Carlos Tigre
    23 abr, 2016 Bombarral 23:59
    Bom ando a ficar preocupado com o Sr. Presidente da República,sempre que ligo um qualquer canal de televisão lá aparece o PRESIDENTE. Sei que o povo estava faminto de afectos,porque os que antecederam eram muito formais.Conheci o PAI de Marcelo R. Sousa em Moçambique e era também um governante que gostava de estar com o Povo,mas era mais comedido nas suas aparições,pois tinha trabalho no Palácio que o esperava.Agora este nosso Presidente está com uma cede de estar com o Povo que me parece um exagero. Quem conhece o Povo ele quer afectos,mas quer também ver realidades.E por agora ficam os afectos. Se o povo não vê algo mais que os afectos,um dia o Presidente deixa de ver o Povo tal como hoje está,mas diferente.Por isso Sr. Presidente seja mais recatado e não entre na casa dos Portugueses através dos media,principalmente nas TVS como entra um reclame qualquer a fazer propaganda a qualquer detergente.Há! Já agora veja se aparece noutro tempo de antena de forma a não o colarem a este Governo e ao 1º ministro Costa.Ambos no mesmo noticiário é demais e tira-lhe o valor institucional que deve ter um PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
  • Jorge
    22 abr, 2016 Lisboa 19:43
    Que afirmação bizarra e se o governo manda-se tanto uns como outros mas é cavar batatas :P
  • rosinda
    22 abr, 2016 rosindaalcaide@gmail.com 18:13
    O presidente da republica nao tem nada que relativizar teodora! Ontem correia de campos tambem mencionou o nome do presidente da republica nao concordo com estas misturas entre governo e presidente da republica!
  • Americo
    22 abr, 2016 Leiria 18:09
    Se não interessa, porque existe ?
  • Manuel
    22 abr, 2016 Lx 17:34
    "O Conselho de Finanças Públicas é um órgão muito importante, mas verdadeiramente importante é a Comissão Europeia" . Ou seja, temos mais um orgão inútil a gastar a dinheiro do contribuinte!

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