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Notícia Renascença

Mexia e Catroga querem convencer Costa a remover medidas que custam milhões à EDP

21 abr, 2016 - 17:36 • Sandra Afonso

EDP quer reunir-se com o primeiro-ministro. Contribuição extraordinária e moldes da tarifa social na energia penalizam as contas da empresa.

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O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, Eduardo Catroga, e o presidente, António Mexia, querem reunir-se com o primeiro-ministro, em nome dos 145 mil accionistas da eléctrica.

O convite foi feito na quarta-feira pelo presidente do Conselho Geral e de Supervisão da eléctrica num evento da Fundação EDP. Catroga aproveitou a cerimónia de lançamento do Programa EDP Solidária 2016, no Museu da Electricidade, em Lisboa, para dizer ao primeiro-ministro que os accionistas precisavam de falar com ele.

A Renascença sabe que um dos temas que Mexia e Catroga querem discutir com Costa é a contribuição extraordinária para o sector energético, ou seja, a taxa de 0,85% paga pelas empresas de energia sobre os activos de transporte, produção e refinação. A maior fatia desta taxa cai sobre a EDP, a Galp e a REN.

A medida foi anunciada como temporária e o governo anterior chegou a falar da remoção desta taxa, mas o actual executivo manteve a medida.

Fonte da EDP argumenta à Renascença que se trata de uma penalização ao investimento que já não se justifica. Em 2015 a taxa extraordinária custou à EDP mais de 60 milhões de euros.

Os empresários querem ainda discutir os moldes da tarifa social na energia (o Governo transferiu para as empresas de energia a totalidade dos custos com esta tarifa), que poderá custar cerca de 100 milhões de euros à EDP.

O presidente da eléctrica já criticou publicamente a medida. António Mexia defende que política social faz-se com impostos ou dentro dos preços de mercado. Também ouvida pela Renascença, outra fonte próxima da administração acrescenta que a empresa exerce a sua responsabilidade social através da sua fundação.

Segundo o Bloco de Esquerda, autor da proposta que transferiu para as empresas de energia os custos da tarifa social de energia, a medida vai beneficiar cerca de um milhão de famílias.

Costa agradeceu à EDP

Na cerimónia de quarta-feira, o primeiro-ministro agradeceu à EDP, "tal como às outras empresas de distribuição de energia a operar no mercado nacional, a factura acrescida que vão suportar com a tarifa social da energia".

"É um factor essencial para a coesão social, para o combate à pobreza e, simultaneamente, um custo para as empresas. Quando o Estado impõe às empresas um ónus, é justo que esse mesmo Estado o reconheça e agradeça".

Neste momento, a EDP não tem mais de 4% de capital português e menos de metade dos resultados são conseguidos através de actividades nacionais. Os principais accionistas são chineses, americanos, espanhóis, árabes e noruegueses.

Comentários
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  • R.Mendes
    22 abr, 2016 Lisboa 22:13
    Quanto é que estes vão receber?
  • amorabe
    22 abr, 2016 Gondomar 16:49
    Grandes gestores, por isso são muito bem pagos; não chega o aumento/KW.h que vos foi permitido a partir deste ano? Não paga a contribuição extraordinária e agora também a tarifa social? Julgo que querem é daí cobrar mais juros...
  • PEDRO GONÇALVES
    22 abr, 2016 ALGÉS 11:20
    É IMPRESSIONANTE COMO ESTES GATUNOS NÃO TEM VERGONHA. QUANDO É QUE A NOSSA JUSTIÇA COMEÇA A SER JUSTIÇA, ESTÁ DIFÍCIL.
  • DR XICO
    22 abr, 2016 LISBOA 10:45
    GENTE DESTA (EX MINISTROS) E AFINS COSTA DEVIA DEIXAR ESPERAR E MARCAREM NA AGENDA COMO FAZEM COM OS AGRICULTORES/SUINICULTORES .. DEIXEM UMA CARTA DE DEPOIS LOGO VEJO ISSO. COSTA MOSTRA QUE NÃO TENS MEDO DELES
  • Luis
    22 abr, 2016 Lisboa 06:24
    Em todas as àreas de actividade em Portugal os melhores dos melhores foram "comprados" por Países Estranjeiros. Poderia dar inumeros exemplos. A super estrela do Mexia, esse CEO impar, de tal maneira excepcional que ganha um ordenado demasiado obsceno nunca foi sequer convidado por nenhuma grande empresa da Europa e do Mundo. Quem paga ao Mexia, paga competência? Concerteza que não. Quanto ao Catroga, um nojo que nem merece comentários. Em todas as épocas sempre houve alguns Portugueses, muitos, que sempre defenderam mais o interesse estranjeiro do que o Nacional. E isso tem um nome.
  • Joao
    21 abr, 2016 Lisboa 22:16
    Quanto ao Mexia, penso que está a ganhar o ordenado mínimo e recebe como premio de produtividade uma sandocha por almoço. Já quanto ao Catroga, pelo que sei, a sua situação económica é tao má que ja se inscreveu no rendimento social de inserção. Até já ouvi dizer que alguém os viu a dormir debaixo da ponte e que aos fins de semana vão comer à mitra. Por tudo isto, so vejo por aqui más línguas a dizerem aquilo que não devem. Snrs RICKY, SALAZAR, MARIO PEREIRA, vamos lá a ter tento na escrita e a colocar mãos à obra: fazer um peditório para ajudar esta gente. Neste país não ha corruptos, traidores, gatunos........nada disso porra!!! Até estou a ficar enervado!!!
  • h'ocanhão
    21 abr, 2016 Vila Real 21:45
    Estes sujeitos estão na EDP, porquê? Os vencimentos que por sinal recebem, serão devidos porque a sua função é, conseguir sugar os Portugueses de Bem, o mais que poderem? Fim aos oportunistas.
  • toMa
    21 abr, 2016 Seixal 21:44
    E que tal a EDP começar a pagar impostos em Portugal em vez de o fazer na Holanda?
  • Herminio Gomes
    21 abr, 2016 Leiria 21:41
    O governo tem que ajudar com p nosso dinheiro a pagar os milhões daqueles e de outros senhores. O Mexias São só 6.800€ por dia. Coitado do sr. Está quase na miséria. O outro deve andar por aí com vencimentos e reformas. Aqui o BE tem razão deixem-se de cartões de cidadão ..... Acabem com vencimentos, proibidos quase criminosos para um país em crise.
  • dase
    21 abr, 2016 frias 21:39
    é tudo uma farsa, cabe na cabeça de alguém que estes monopólios alguma vez pagam alguma coisa, quem paga é o povo que não tem escolha, tornem publico quanto pagam de impostos, quem é que consegue controlar um movimento destes, nem que desviem 30% as finanças ficam, a ver navios.

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