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Marão. Um enorme túnel com segurança máxima

20 abr, 2016 - 12:39 • Olímpia Mairos

Tem seis quilómetros e custou 88 milhões de euros, dos quais cerca de 17 milhões foram reservados para equipamentos de segurança. Percorrê-lo vai custar entre 1,95 euros (classe 1) e 4,90 euros (classe 4). Ainda não há data para a inauguração.

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Os trabalhos de construção civil estão concluídos e as atenções centram-se agora no interior do maior túnel rodoviário mineiro da Península Ibérica. É preciso testar os sistemas que garantem a segurança, porque o objectivo é “pôr o mais rapidamente possível esta infraestrutura ao serviço, mas em totais condições de segurança”, diz à Renascença o coordenador do empreendimento, André Oliveira. Ainda não há data para a inauguração.

O Túnel do Marão “cumpre todos os requisitos de segurança” e, em algumas situações, vai até para além do que é imposto por lei, como, por exemplo, a nível das bocas-de-incêndio que estão colocadas de 180 em 180 metros, quando a lei impõe 200, ou nas galerias de emergência que distanciam 400 metros e em que a lei estabelece 500.

O empreendimento inclui dois túneis, duas galerias gémeas, que foram construídos em paralelo e está coberto por um sistema de videovigilância e de detecção automática de incidente.

André Oliveira, esclarece que em situações de anomalia, carro parado ou incêndio, “a câmara mais próxima do local foca a anomalia, puxa a situação para o ‘vídeo hall’ do centro de controlo onde em permanência estão dois operadores”.

É o próprio sistema que sugere formas de actuação de acordo com a gravidade da ocorrência e o procedimento de emergência que deve ser tomado.

“Os operadores podem comunicar com os utentes através dos painéis luminosos de informação, dos megafones instalados ao longo da estrutura ou através da rádio, já que a mensagem pode interromper a emissão de uma das quatro rádios que poderão ser ouvidas no interior”, avança o coordenador.

Ao longo de toda a extensão do túnel existem “dois passadiços para encaminhar os utentes para as 13 passagens de emergência, seis das quais permitem a passagem dos veículos para a outra galeria que poderá ser encerrada para a evacuação ou passagem dos veículos de emergência”, explica André Oliveira.

Túnel custou 88 milhões de euros

Em caso de incidente “o princípio básico de evacuação é para montante do acidente, nunca para jusante”, porque frisa André Oliveira “o sistema de ventilação, em caso de incêndio, empurra os fumos e os gases produzidos para jusante e, portanto, a fuga terá de ocorrer sempre para montante”.

No interior existem telefones de emergência, rede de telemóvel para facilitar as comunicações e 72 ventiladores.

O túnel possui também uma coluna de água que percorre toda extensão e alimenta as bocas-de-incêndio. Possui ainda sensores de opacidade, de gases como monóxido de carbono e óxido nítrico, de diferenças de temperatura, de medição de velocidade, de orientação e de iluminação.

De acordo com informações da Infra-estruturas de Portugal, concluir o túnel custou 88 milhões de euros, dos quais cerca de 17 milhões de euros foram reservados para os equipamentos de segurança.

O Túnel do Marão tem quase seis quilómetros de extensão, inclinação constante de 2,5% e 160 metros de desnível entre extremidades.

A velocidade máxima pela travessia do Marão é 100 quilómetros hora e a altura máxima permitida para os veículos é de cinco metros.

Vai desencravar o interior norte do país reduzindo em 20 minutos a duração da viagem até ao Porto. Prevê-se uma redução da sinistralidade registada no IP4.

Percorrer esta nova via vai custar entre o 1,95 (veículos classe 1) aos 4,90 (classe 4).

Comentários
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  • antonio da costa dia
    04 ago, 2016 sobrado valongo porto 23:32
    obra de arte os portugueses são bons parabéns aus instrutores da prazer transitar
  • maria fátima
    06 mai, 2016 guarda 03:19
    Se fôr de segurança máxima, o socretino está proibido de lá pôr as patas.
  • Belmiro António
    22 abr, 2016 Lamego 19:14
    Era bom que o túnel abrisse rapidamente e que os cidadãos fossem informados, não só os da classe 1 e 4 que vão pagar um 1,95 e 4,90 para passar no mesmo e não falam dos veículos da classe 2 e outras.. Em que ficamos? Se os bombeiros de Vila Real não estão preparados ainda para prestar socorro no túnel deveriam estar pois já tiveram tempo de se prepararem, porque o túnel já anda em construção à muito tempo, ou são como os alentejanos, dormiram à sombra do chaparro. Abram o túnel (se é que está pronto) e deixem-se de empatar pois chega de espera.
  • Paiva gomes
    22 abr, 2016 Esposende 00:39
    Acho estarmos presente uma obra excecional pois percorrer o Velhinho Marao e difícil vai poder melhorar as viagens para Trás os Montes que tão bonito e Saudável é.um bem Aja...
  • fernando silva
    21 abr, 2016 coimbra 11:51
    De Gènova a Pisa, na Itália, há centenas de túneis sob os Apeninos Ligures rasgados nos tempos de Mussulinni e pela Europa fora o que há mais são túneis, desde o Monte Branco ao Canal da Mancha. Duvido muito deste jornalismo sensacionalista de que é o maior de todos, quem sabe se do mundo e da galáxia!!!! A questão do túnel do Marão deve relacionar-se sim com os custos e o trânsito. Quem o paga somos nós e a pergunta deve ser se a utilização justifica o pagamento. De obras gigantescas para alguns se governarem, deviamos estar fartos !! O português quando incha a barriga e pensa e pensa com os dez dedos dos pés, normalmente faz asneira.Na minha opinião, o túnel devia ter esperado por melhores dias, tal e qual como um complexo desportivo que a mafia do futebol anda a fazer para proveito próprio. Não somos um país pobre, somos um pobre país!!!!!!!!!
  • NL
    20 abr, 2016 Ermesinde 18:36
    Quem contruiu o túnel do Marão não foi o António Costa, nem o PS, nem nenhum outro político de qualquer outro partido. Quem o construiu, com aquilo que eu e outros pagaram com impostos, foram operários competentíssimos, desde engenheiros a trabalhadores de pá e picareta, que merecem o nosso respeito e a quem devemos agradecer o seu empenhamento na criação de riqueza para este nosso pobre país. Espero que os nossos impostos tenham sido bem aplicados e que deles resultem benefícios para Portugal.
  • jorge pinto pinto
    20 abr, 2016 mirandela 18:24
    17 milhões para equipamento de segurança é muito dinheiro: Já alguém anda a mamar. Vão enganar mais uma vez os portugueses ; Sò se vai saber daqui a uns anos quem mamou, como já é habitual neste Paìs e ainda vamos lá ver quando abre ,e se ainda não aparece alguém a pedir indeminização por cada dia que está fechado, pois a obra já está pronta há bem tempo.?
  • NL
    20 abr, 2016 Ermesinde 18:06
    Ninguém obriga ninguém a utilizar o túnel do Marão. Quem entender que o deve utilizar que o utilize. Quem não quiser que vá por outro caminho. Para se ir do Porto para Bragança também se pode ir até Vila Real de Santo António, entrar em Espanha, subir e entrar por Quintanilha sem se passar pelo Marão. Não acham que já basta de estupidez?
  • NL
    20 abr, 2016 Ermesinde 17:07
    Ninguém obriga ninguém a utilizar o túnel do Marão. Se entenderem que é melhor e mais vantajoso utilizar o túnel o Marão, utilizem-no. Se acharem que é melhor não o utilizar, têm outras vias para os mesmos destinos. Escolham o que entenderem ser mais vantajosos para vós. Pelo menos têm por onde escolher. Cada um que escolha o que quiser. Bem pior seria não ter por onde escolher. Claro que um camionista transportador, a não ser que seja um imbecil, vai escolher o túnel. Se, no entanto aparecer um passeante que queira usufruir da paisaigem bela do Marão, é burro se se enfiar no túnel. Só um atrofiado mental não entende o que digo.
  • Marcos Martins
    20 abr, 2016 Lisboa 17:05
    Após análise a toda a peça jornalística, gostaria que a jornalista Olímpia Mairos justifique o que é segurança máxima bem como que critérios científicos e jornalísticos usou para dotar o artigo de tal expressão. Grato pela atenção

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