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António Costa pede desculpa pelas prometidas bofetadas de João Soares

08 abr, 2016 - 00:52

Governante garante ter estima pelos visados e pede contenção aos ministros.

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O primeiro-ministro, António Costa, pediu, esta quinta-feira, desculpa aos colunistas do jornal Público ameaçados com "estaladas" pelo ministro da Cultura, João Soares, e pediu aos membros do Governo que sejam "contidos na forma como expressam emoções".

"Tanto quanto sei o doutor João Soares já pediu desculpa aos visados pela forma como se expressou. Eu pessoalmente, quero também expressar publicamente desculpas a duas pessoas, a Augusto M. Seabra, por quem tenho particular estima, e a Vasco Pulido Valente, por quem tenho consideração", afirmou António Costa, em declarações à SIC Notícias.

O primeiro-ministro acrescentou que já recordou “aos membros do Governo, que enquanto membros do Governo nem à mesa do café se podem deixar de se lembrar que são membros do Governo e portanto devem ser contidos na forma como expressam as suas emoções".

António Costa falou aos jornalistas antes de entrar no Teatro da Comuna, em Lisboa, onde se deslocou para assistir a um espectáculo. João Soares tinha inicialmente previsto estar presente na estreia do espectáculo "O Último dos Românticos", mas cancelou a sua presença.

Numa nota enviada à agência Lusa na noite de quinta-feira, o ministro da Cultura reafirmou que a sua "intenção não foi ofender". "Se ofendi alguém, peço desculpa", refere na nota.

João Soares tinha prometido na sua conta no Facebook, "salutares bofetadas" ao colunista Augusto M. Seabra, na sequência das críticas deste à falta de linha de acção política e ao "estilo de compadrio, prepotência e grosseria", e também ao colunista Vasco Pulido Valente.

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  • Pedro Junqueiro
    10 abr, 2016 Lisboa 14:40
    Para Zé Nabo: Pergunto-lhe se por acaso leu a opinião de Augusto Seabra ou a de Vasco Pulido Valente sobre o assunto e que deram origem ao desconchavo de Soares. Aconselho-o a lê-las e depois comentar. Depois, meu amigo, não se preocupe que mais cedo do que tarde Soares sairia porque Costa estava a ver por onde é que lhe havia de pegar. Acha que foi inocente o pedido de desculpas por parte de Costa em nome de Soares e tomando partido por uma das partes? Aquilo faz-se publicamente? O meu amigo fazia-o? O que é que acha que levou Soares a demitir-se? Foi o arrazoado dos cronistas ou foi a declaração pública e sonante do amigo Costa? Tem dúvidas?
  • Miguel Botelho
    09 abr, 2016 Lisboa 16:32
    Nuno Costa e Zé Nabo, faço das vossas as minhas palavras. Neste episódio, não houve dualidade de critérios. Ao deixar que Vasco Pulido Valente e Augusto M. Seabra continuem como comentadores, o «Público» continua a ser veículo de contaminação e veneno na sociedade. Vergonha!
  • Zé Nabo
    08 abr, 2016 Porto 21:51
    O João Soares cometeu um gravíssimo erro: primeiro afinfava duas boas chapadas no focinho de cada uma daquelas duas víboras que se aproveitam do acesso aos jornais apenas para distilar veneno sobre os seus inimigos. Depois, sim, demitia-se a seguir.
  • Nuno Costa
    08 abr, 2016 Évora 17:52
    Não podem aceitar-se saídas com ameaças de bofetadas da boca ou da pena de um minsistro de Estado. Igualmente são reprováveis críticas de teor insultuoso da parte de analistas, comentadores, cronistas ou jornalistas em orgãos de imprensa, como tem acontecido da boca de Seabra ou de Pulido Valente. O ministro fez o que lhe era devido: demitiu-se. O jornal não fez o que lhe seria correcto fazer para grangear o respeito dos seus leitores: prescindir da incorrecta colaboração desses senhores.
  • amorabe
    08 abr, 2016 Gondomar 17:11
    Então Sr.Primeiro Ministro, só agora reconheceu que o ministro da cultura que escolheu não tem carisma de ministério?! e logo na Cultura!... acredito que a restante equipe governamental, seja mais competente e cordata, pois chega de imagens ridículas, quer interna quer internacionalmente.
  • Miguel Botelho
    08 abr, 2016 Lisboa 14:37
    Deveria circular uma petição na «facebook» a pedir a demissão de Augusto M. Seabra e de Vasco Pulido Valente dos seus cargos. Que haja igualdade de critérios. Se um já saiu, os outros dois também devem sair. São os co-autores deste triste episódio.
  • Alberto
    08 abr, 2016 Funchal 13:29
    Está desculpado. Nós sabemos que ele se formou na Universidade da Jamba com o Prof Savimbi, e, desde aquele acidenta de avião ficou assim.
  • Americo
    08 abr, 2016 Leiria 12:45
    Bom dia. Pede desculpa c/ cara de gozo. Francamente.
  • Eborense
    08 abr, 2016 Évora 12:32
    O Sr. Costa se fosse como devia ser demitia-o, mas compreende-se. O João Soares é filho do papa Soares e por isso está acima de tudo e de todos. Simplesmente vergonhoso.
  • João Gomes
    08 abr, 2016 Vila Real 11:54
    É vergonhosa a cobertura da imprensa portuguesa ao clã Soares, à sua arrogância, prepotência e abusos de poder. Poucos são os jornalistas e comentadores que têm coragem de denunciar a sua conduta. O Soares pai, há um ano, há porta da cadeia de Évora, ameaçou o juiz "esse Carlos Alexandre que tenha cuidado". Esta atitude, ao cidadão comum, valer-lhe-ia um processo judicial, mas perante Soares, todos se encolheram, até a justiça. Agora é o Soares filho que promete bofetadas àqueles que têm a ousadia de o criticar. Perante isto a TVI, a SIC, a RTP, o JN, o EXPRESSO, o DN, e outros, tentam não abordar o assunto, ou falam dele com receio, não vá o diabo tecê-las. Há uns anos atrás um ministro do ambiente do governo de Cavaco, contou uma piada sobre os alentejanos e o alumínio na água. Gerou-se tal contestação na imprensa que o homem teve de se demitir. Agora, impera o silêncio e a cobardia jornalística. Temos uma imprensa politicamente alinhada, descaradamente alinhada.

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