Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

​Governo prepara nova estratégia de combate à violência doméstica

17 mar, 2016 - 15:37

Secretária de Estado da Igualdade quer que zonas do interior do país sejam as primeiras a beneficiar da nova estratégia.

A+ / A-

O Governo está a preparar uma nova estratégia para combater a violência doméstica e familiar, mas não será criada nova legislação. A garantia é dada à Renascença pela secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.

“A nossa legislação é adequada. O problema português não é a legislação, é a articulação entre as entidades que intervém”, afirma Catarina Marcelino.

A governante explica que o que pretende assinar protocolos de cooperação entre autarquias e forças de segurança, bem como envolver o Ministério Público, a Medicina Legal e a Saúde.

Garante que “a estratégia já está a entrar no terreno”. “Já temos algumas zonas identificadas, o acordo das câmaras municipais: Odemira, Aljezur, Santiago do Cacém, Sines, Alcácer do Sal e Grândola”, avança Catarina Marcelino. Apesar das localidades já sinalizadas serem todas no litoral, o Governo pretende “implementar em primeiro lugar este tipo de protocolos no interior do país porque está mais a descoberto”.

Nos últimos dez anos foram assassinadas, em média, 36 mulheres por ano, de acordo com dados da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que revela esta quinta-feira que em 2015 foram mortas 29 mulheres e outras 39 foram vítimas de tentativa de homicídio.

Segundo o relatório do Observatório de Mulheres Assassinadas, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2015, foram registados 29 homicídios de mulheres, menos 16 do que em igual período de 2014.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+