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Explosões, falta de comida e alimentos. Cerca de 250 mil crianças sírias em risco

09 mar, 2016 - 09:34

Num conflito que dura há cinco anos, “as crianças pagam o preço da inacção do mundo”, alerta uma responsável da organização Save The Children.

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Cerca de 250 mil menores sírios, que vivem em zonas sitiadas por causa do conflito que assola o país, estão a ser afectados por bombardeamentos e ataques aéreos, revelou um relatório da Save The Children.

O relatório refere que os familiares têm de fazer face ao impacto psicológico que as crianças sofrem por causa das explosões e da falta de alimentos, medicamentos básicos e água potável.

Para elaborar o documento, divulgado cinco anos depois do início da guerra, a organização entrevistou mais de 125 mães, pais e crianças separadas em 22 grupos.

Em todos eles, os menores assinalaram que vivem com "medo constante" e os pais referiram que o carácter das suas crianças mudou e que agora são mais "retraídos, agressivos e depressivos".

Quase todos os grupos revelaram que nas suas comunidades diversas crianças morreram por causa da falta de medicamentos e de acesso ao sistema de saúde.

O relatório revela também que o número de refeições diárias diminuiu, com grupos a denunciar a morte de crianças devido à fome e má nutrição.

A Save The Children alertou que, apesar de se ter aumentado a ajuda às zonas sitiadas na Síria, só está a entrar no território uma pequena parte da ajuda necessária.

“As crianças pagam o preço da inacção do mundo”, referiu Misty Buswell, da organização.

No documento, a organização apela às partes envolvidas no conflito para permitirem que a ajuda humanitária chegue sem restrições às zonas prejudicadas e que as escolas e hospitais deixem de ser atacados.

Comentários
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  • Pinto
    10 mar, 2016 Custoias 12:26
    Realmente é triste, as grandes potências são as grandes culpadas, deviam ajudar essas crianças. Sabem que existem crianças na UE cujos pais estão desempregados ou ganham salários de miséria e não têm coragem para mentir e pedir RSI que muitas vezes não lhes dão só porque estão a pagar um andar que passam fome?

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