Tempo
|
A+ / A-

Portugal ultrapassa mil milhões no leilão de recompra de dívida

25 fev, 2016 - 13:29

Director da gestão de activos do Banco Carregosa considera que “faz sempre sentido recomprar dívida que tem um custo mais alto e tentar substituí-la por novas emissões de dívida com um juro mais baixo”.

A+ / A-

Portugal ultrapassa os mil milhões no leilão de recompra de dívida. O Estado recomprou esta quinta-feira, aos investidores, um total de 1.075 milhões de euros em obrigações, segundo a agência Bloomberg.

A dívida que vence em 2019 foi a mais vendida pelos investidores, num total de 576 milhões. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) comprou obrigações que venciam em 2018 e 2017.

Portugal antecipa assim o prazo de vencimento e o pagamento dos juros.

O director da gestão de activos do Banco Carregosa Filipe Silva considera que “faz sempre sentido recomprar dívida que tem um custo mais alto e tentar substituí-la por novas emissões de dívida com um juro mais baixo”.

“Além de reduzir as amortizações que teremos nos próximos anos e de dar um sinal ao mercado, que é importante, o objectivo terá sempre que ser o da poupança de juros”, sublinha.

“Se conseguir substituir uma dívida, com uma taxa de juro mais alta e com uma maturidade curta, por outra dívida, com uma taxa menor e por um prazo maior, é dinheiro em caixa. E como as taxas estão muito baixas, admito que não haja dificuldade em fazer esse ‘rollover’ com um cupão mais baixo”, conclui Filipe Silva.

O IGCP antecipa que as necessidades de financiamento líquidas do Estado deverão situar-se "em cerca de 7.000 milhões" de euros este ano, com a estratégia a centrar-se "na emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros em euros com realização regular de emissões de OT para promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Carla Marques
    25 fev, 2016 Porto 15:47
    Bom negócio, já iniciado pela anterior ministra das Finanças. que, na altura, diga-se, foi bem criticada pelos atuais governantes. Aproveitando taxas de juro mais favoráveis, pelo menos por duas vezes Portugal fez amortização da dívida nestes moldes, antecipando prazos de vencimento e pagamento de juros. Afinal, pelos vistos, não foi mal pensado, como na altura se disse e redisse. Antes isso.
  • ASSIM....SIM
    25 fev, 2016 celeiro dos malmequeres 15:22
    NÃO é preciso uma licenciatura em ecomicas para se entender que é um bom negócio.......não pagar como quer o PCP ou o Bloco é que não nem solução nem bom para a Pátria e, consequentemente, para os Portugueses. Obrigado
  • Carlos Reis
    25 fev, 2016 Coimbra 14:35
    Esta noticia deve ser falsa, pois desde que o António Costa foi para primeiro ministro de Portugal os mercados não querem nada com o governo português, avisados que estão pelo Passos e pelo Portas de que isto tudo vai por água abaixo. Agora a sério, pobre gentalha estas duas personagens que nem do seu país gostam.
  • Nuno
    25 fev, 2016 Lisboa 14:06
    Aí está a verdadeira reestruturação da dívida, não é como querem os senhores do bloco e da CDU, para eles é mais simples não pagar
  • desatina carreira
    25 fev, 2016 queluz 13:44
    Bom negocio

Destaques V+